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Investigação

Conselho de Ética abre processo contra Gilvan da Federal por ofensas contra Gleisi

Conselho de Ética abre processo contra Gilvan da Federal por ofensas contra Gleisi
Conselho de Ética investigará deputado Gilvan da Federal (PL-ES) por ofensas contra a ministra Gleisi Hoffmann. (Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados)

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O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados instaurou, nesta terça-feira (8), um processo para investigar a conduta do deputado Gilvan da Federal (PL-ES) por ofensas contra a ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann. O colegiado já suspendeu o mandato do parlamentar até agosto após o pedido apresentado pela Mesa Diretora em maio.

O episódio ocorreu durante uma reunião da Comissão de Segurança Pública com a presença do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, no final de abril. Na ocasião, o deputado citou o apelido de "Amante", em referência a forma como Gleisi era identificada na planilha da Odebrecht investigada pela Lava Jato, e sugeriu que ela deveria ser uma “prostituta do caramba”.

“Na época em que esse ex-presidiário [o presidente Lula] foi preso, eu estava na Polícia Federal, e chovia ataques à PF pelo pessoal do PT. Por exemplo, da [então] senadora Gleisi Hoffmann. Hoje, elogiam a PF porque temos um diretor-geral petista. Na Odebrecht, existia uma planilha de pagamento de propina a políticos. Eu citei aqui o nome ‘Lindinho’ e ‘Amante’, que devia ser uma prostituta do caramba. Teve até deputado que se revoltou. Ou seja, a carapuça serviu”, disse Gilvan na sessão.

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A declaração provocou um bate-boca com o líder do PT na Câmara e marido de Gleisi, Lindbergh Farias (RJ) — associado ao codinome "Lindinho". Os dois precisaram ser contidos por colegas.

Ao pedir a suspenção o mandato, a Mesa Diretora, comadada pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), considerou a conduta do deputado “incompatível com o decoro parlamentar”.

Segundo o documento, as manifestações de Gilvan foram "gravemente ofensivas e difamatórias contra deputada licenciada para ocupar cargo de ministra de Estado, em evidente abuso das prerrogativas parlamentares, o que configura comportamento incompatível com a dignidade do mandato”.

Com a abertura da investigação, o Conselho deve definir se Gilvan da Federal será punido definitivamente ou não. O relator do caso será escolhido na próxima semana.

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