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Fábio Schiochet (União-SC), presidente do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, afirmou que não vê quebra de decoro parlamentar nas ações do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) durante sua atuação nos Estados Unidos.
A declaração foi feita à CNN Brasil, neste domingo (24), após o recebimento de quatro representações contra o parlamentar por supostas ações de lobby na Casa Branca para pressionar o governo de Donald Trump a sancionar o Brasil e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
“Essas sanções de 50% de taxação sobre os produtos exportados para os Estados Unidos não são fruto da atuação do Eduardo Bolsonaro, e sim de uma política externa medíocre que o Brasil vem adotando, enfrentando os EUA e se aliando à China”, declarou Schiochet ao jornal O Correio do Povo durante a semana.
Representações contra Eduardo Bolsonaro são do PSOL e PT
Três das representações foram protocoladas pelo PT e uma pelo PSOL, que pedem a investigação e a cassação do mandato de Eduardo Bolsonaro por quebra de decoro e traição à pátria. Entretanto, Schiochet ressaltou que não houve agressão verbal ou ganho indevido relacionado ao mandato que justifique a cassação.
O presidente do Conselho de Ética afirmou que o deputado pode perder o mandato por faltas, caso não compareça às sessões da Câmara, mas não pelas acusações atuais que tramitam no colegiado.
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Schiochet destacou a necessidade de responsabilidade na análise dos processos, especialmente em um ano pré-eleitoral, quando o número de pedidos de cassação tende a aumentar, e criticou a banalização desses pedidos.
No total, 20 representações contra 11 deputados federais, incluindo as de Eduardo Bolsonaro, devem começar a tramitar no Conselho de Ética a partir de 2 de setembro. As denúncias foram encaminhadas ao colegiado pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), em 15 de agosto.
Fábio Schiochet garantiu que sua gestão não engavetará os pedidos. “Nós vamos analisar, a partir do dia 2 de setembro, com muita responsabilidade”, comentou o deputado catarinense.
