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General Eduardo Pazuello, ministro-interino da Saúde, em comissão do Senado
General Eduardo Pazuello, ministro-interino da Saúde, em comissão do Senado| Foto: Reprodução/TV Senado

O Ministério da Saúde pretende aumentar a testagem para a Covid-19 no Brasil. De acordo com o ministro interino, general Eduardo Pazuello, a pasta apresentará nesta quarta-feira (24) sua estratégia para realizar testes em 24% da população brasileira. A informação foi adiantada em audiência pública com uma comissão mista do Senado para debater ações de enfrentamento à doença.

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A falta de testes, que leva a uma subnotificação da pandemia no país, tem sido uma constante crítica à gestão da crise pelo governo federal. Até o momento, o ministério diz ter distribuído aos estados e municípios mais de 11 milhões de testes, mas só 3,8 milhões deles eram do tipo RT-PCR, considerados mais confiáveis para a detecção da doença.

De acordo com a equipe ministerial, o plano é elevar a testagem com RT-PCR para 12% da população. Isso poderia atingir 25 milhões de brasileiros. A massificação dessas avaliações é importante porque mostra um panorama real da situação no país – algo fundamental para pautar a retomada das atividades econômicas.

O ministério indica ainda que avaliará outros 12% dos brasileiros com testes rápidos.

Segundo Pazuello, a ampliação da testagem será possível por conta de plataformas construídas na Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro, e na Dasa, de São Paulo, que darão suporte aos laboratórios centrais dos estados. A equipe ministerial, no entanto, não deu mais detalhes de como será o programa.

A ação é apresentada após quatro meses de pandemia no Brasil. O país acumula um número superior a 1 milhão de infectados. Ainda que sem dados mais detalhados, muitos municípios brasileiros têm adotado medidas de afrouxamento da quarentena. Pazuello minimizou a demora afirmando que era preciso “tirar dúvidas” sobre os testes, antes de compra-los em grande quantidade.

Diagnóstico clínico

Ainda à comissão mista do Senado, Pazuello disse que o diagnóstico clínico (feito por médicos, sem a confirmação de um exame)  passará a compor a base de dados dos casos do novo coronavírus. “Vamos gradativamente chegando com transparência e objetividade aos números de contaminados e positivados, tanto por diagnóstico clínico quanto por diagnóstico por teste”, disse.

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