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A CPI da Covid ouve nesta quinta-feira (7) um cliente e um médico que denunciaram supostas práticas irregulares da operadora de saúde Prevent Senior durante a pandemia. O cliente da Prevent Senior é Tadeu Tadeu Frederico Andrade. E o médico é Walter Correa de Souza Neto, que trabalhou na empresa.

Andrade contraiu coronavírus e denunciou a operadora ao Ministério Público de São Paulo (MP-SP) e à CPI por causa do tratamento que recebeu. Segundo o requerimento de convocação de Tadeu Frederico de Andrade, ele relatou ter procurado atendimento na Prevent Senior ao sentir sintomas de Covid-19 – exames posteriores confirmaram a infecção por coronavírus. De acordo com o cliente da operadora, o médico que lhe atendeu ofereceu o chamado "kit covid" – que inclui medicamentos como cloroquina e azitromicina.

Ele tomou a medicação, mas seu quadro clínico se agravou. Andrade então foi internado e, logo depois, foi para uma UTI. Após um mês, a equipe da Prevent teria tentado tirá-lo da unidade de tratamento intensivo. O objetivo, segundo familiares do cliente, seria para economizar custos. A família dele se recusou a aceitar a retirada de Andrade da UTI. O paciente se recuperou. Depois disso, ele denunciou a Prevent Senior à CPI e ao Ministério Público de São Paulo (MP-SP).

Já Walter Correa de Souza Neto, que trabalhou na Prevent Senior, faz parte de um grupo de médicos que fez denúncias contra a operadora de saúde. Dentre essas denúncias está a suposta pressão da empresa para que eles prescrevessem aos pacientes medicamentos do kit covid e práticas antiéticas na condução de um estudo sobre a eficácia desses remédios no combate ao coronavírus.

Temendo sofrer constrangimento durante a CPI, o médico recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para poder ficar em silêncio durante o depoimento. Na quarta-feira (6), o ministro Gilmar Mendes concedeu habeas corpus a ele para poder ficar calado.

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