A cúpula da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga invasões promovidas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) suspendeu nesta segunda-feira (4) todas as reuniões e audiências do colegiado. A decisão ocorreu após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso suspender o depoimento de dois integrantes do Instituto de Terras e Reforma Agrária de Alagoas (Iteral).
“Por determinação de seu presidente, deputado federal Luciano Zucco (Republicanos-RS), a Mesa Diretora da CPI do MST informa que não haverá nenhuma outra reunião ou audiência até a oportuna apreciação do relatório final. A decisão foi tomada em virtude das recentes medidas regimentais e judiciais que inviabilizaram a continuidade das ações, depoimentos, quebras de sigilo e outras providências necessárias ao esclarecimento dos fatos relacionados à indústria de invasões de terras no Brasil”, disse o colegiado, em nota.
Zucco recorreu contra a determinação do ministro. Na representação, o presidente da CPI do MST apontou que Barroso foi “induzido a erro” para proferir a decisão monocrática. “Em razão dessa alegação, acreditamos que o Exmo. Ministro tenha sido induzido a erro, crendo que a convocação por esta CPI estaria relacionada a investigar atos de gestão no Estado-membro da Federação, quando, na verdade, a convocação tem o precípuo objetivo de investigar o uso do dinheiro público no patrocínio de atos ilícitos”, diz o documento enviado à Corte.
-
Mais de 400 atingidos: entenda a dimensão do relatório com as decisões sigilosas de Moraes
-
Leia o relatório completo da Câmara dos EUA que acusa Moraes de censurar direita no X
-
Revelações de Musk: as vozes caladas por Alexandre de Moraes; acompanhe o Sem Rodeios
-
Mundo sabe que Brasil está “perto de uma ditadura”, diz Bolsonaro
Lula afaga o MST e agro reage no Congresso; ouça o podcast
Governo Tarcísio vê sucesso na privatização da Emae após receber três propostas
Lira ensaia reação ao Judiciário e acena com pautas para garantir prerrogativas parlamentares
Vice-presidente da CCJ na Câmara cogita pautar propostas em defesa da vida e contra o aborto
Deixe sua opinião