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O ministro do STF e presidente do TSE, Alexandre de Moraes.
O ministro do STF e presidente do TSE, Alexandre de Moraes.| Foto: Fellipe Sampaio /SCO/STF

A defesa de Roberto e Andréia Mantovani, suspeitos de terem agredido o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes no aeroporto internacional de Roma, afirmou nesta terça-feira (18) que o casal “a despeito de tudo” está certo de que “a Justiça prevalecerá após o encerramento das investigações”.

Os dois prestaram depoimento à Polícia Federal nesta tarde e também foram alvo de busca e apreensão. O filho deles também foi ouvido como testemunha do episódio. Em nota, o advogado Ralph Tórtima Stettinger Filho disse que a oitiva dos Mantovani durou mais de sete horas. Segundo a defesa, Andreia e Roberto afirmaram que viram o ministro “por segundos” e não o ofenderam.

O casal afirmou em depoimento "que a discussão inicial havida entre a pessoa de Andréia e dois jovens, uma mulher e um homem, que somente quando chegaram ao Brasil souberam tratar-se do filho do Ministro, se deu sem que ele estivesse presente, por razões outras, desvinculadas do seu cargo e, também, sem qualquer conotação política".

De acordo com o advogado, Roberto e Andréia relataram “que foram, em especial Andréia, gravemente ofendidos por mencionado jovem que, em duas oportunidades, os desrespeitou, com ofensas extremamente pesadas, o que somente cessou quando da intervenção do Ministro Alexandre de Moraes, que o reconduziu ao interior da sala VIP”.

A defesa reforçou que os dois estão seguros de que as imagens do aeroporto provarão sua versão do ocorrido. Além disso, o advogado apontou todos os procedimentos de investigação aos quais o casal foi submetido e afirmou que eles “a despeito de tudo, continuam acreditando na Polícia Federal, no Ministério Público Federal e no Poder Judiciário, certos de que a Justiça prevalecerá após o encerramento das investigações”.

Confira a íntegra da nota da defesa:

"Na data de hoje (18/07/2023), na Polícia Federal de Piracicaba, após mais de sete horas de depoimentos, deixaram assentado que:

1- Não visualizaram ou encontraram o Ministro Alexandre de Moraes, bem como qualquer familiar seu, na área de embarque do aeroporto de Roma, conforme constou da representação por ele ofertada, evidenciando o engano interpretativo havido, o que torna claro que as pessoas que eventualmente o ofenderam ou cercearam seu deslocamento, são outras;

2- que em nenhum momento foram ao encontro ou direcionaram qualquer ofensa ao Ministro Alexandre de Moraes, quando o visualizaram, por segundos, na área de ingresso de uma sala VIP, situada no mezanino do aeroporto em questão;

3- que a discussão inicial havida entre a pessoa de Andréia e dois jovens, uma mulher e um homem, que somente quando chegaram ao Brasil souberam tratar-se do filho do Ministro, se deu sem que ele estivesse presente, por razões outras, desvinculadas do seu cargo e, também, sem qualquer conotação política;

4- que foram, em especial Andréia, gravemente ofendidos por mencionado jovem que, em duas oportunidades, os desrespeitou, com ofensas extremamente pesadas, o que somente cessou quando da intervenção do Ministro Alexandre de Moraes, que o reconduziu ao interior da sala VIP;

5- que reiteram estarem seguros de que as imagens do aeroporto evidenciarão o quanto afirmaram em depoimento, especialmente a mais absoluta inexistência de qualquer ato que pudesse, sequer levemente, atingir a imagem pública do Ministro Alexandre de Moraes;

6 - que a despeito de terem sido interceptados pela Polícia Federal, ao saírem do avião, na chegada ao Brasil, sendo fotografados, filmados e interrogados, com suas identificações expostas publicamente; bem como a despeito de terem sido procurados no último domingo, às 6:00 horas da manhã, pela Polícia Federal, para oitiva agendada para aquele mesmo dia, horas depois; bem como o fato de terem tido mandado de busca cumprido em suas residências e locais de trabalho, nesta tarde, em busca de celulares e computadores, mesmo assim, a despeito de tudo, continuam acreditando na Polícia Federal, no Ministério Público Federal e no Poder Judiciário, certos de que a Justiça prevalecerá após o encerramento das investigações".

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