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Celso Amorim
Assessor de Lula afirmou que negociações seguem abertas, e foi cobrado por líder guianense por atuação na disputa.| Foto: André Borges/EFE

O assessor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para assuntos internacionais, Celso Amorim, disse nesta quinta (14) que a próxima reunião para se chegar a um acordo entre a Venezuela e a Guiana será realizada no Brasil, mas sem dar uma previsão de quando deve ocorrer.

Ele foi um dos participantes da primeira reunião de tentativa de conciliação pela disputa pelo Essequibo, realizada durante todo o dia no aeroporto de Kingstown, em São Vicente e Granadinas, no Caribe.

“O mais importante que eu acho é que ficou decidido que vai continuar o diálogo. Isso já é uma grande coisa no momento em que havia uma grande tensão. [...] Nós temos que tratar de ver se pode continuar o diálogo, como continuar, acentuar o lado da cooperação e, sobretudo, a questão da paz e da estabilidade na região”, disse em entrevista à TV Globo.

Amorim foi recebido no país caribenho pelo primeiro-ministro Ralph Gonsalves e pelo premiê de Dominica, Roosevelt Skerrit.

O Brasil foi cobrado pelo presidente guianês, Irfaan Ali, para exercer um papel de liderança na região e ser um importante mediador da disputa. Ele usava um bracelete com o mapa inteiro da Guiana incluindo o Essequibo.

“O Brasil é um fator importante na região e precisa demonstrar liderança”, afirmou. Ainda de acordo com ele, “ambas as partes comprometeram-se a garantir que a região continue a ser uma zona de paz”.

Em comunicado divulgado depois do encontro, Venezuela e Guiana afirmaram que concordaram que “direta ou indiretamente, não ameaçarão ou usarão a força uma contra a outra sob quaisquer circunstâncias, incluindo aquelas decorrentes de qualquer disputa existente entre ambos os Estados”.

Também ficou decidido que as duas partes se reunirão novamente, desta vez no Brasil, dentro dos próximos três meses “ou em outro momento acordado” para conversas sobre o território disputado. Para as negociações, foi criada uma comissão mista com representantes guianenses e venezuelanos.

As presidências da Celac e do Caricom e o presidente brasileiro serão os interlocutores e o secretário-geral da ONU, António Guterres, será observador.

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