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O favorito de Lula para o comando do PT, ex-prefeito de Araraquara Edinho Silva afirmou nesta sexta-feira (28) que os aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro têm um grande “poder de mobilização”. A declaração foi em referência ao ato convocado no dia 16 de março em Copacabana, com pedidos pela anistia e críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Apesar do ato não ter atingido a expectativa de 1 milhão de pessoas, Edinho reconheceu o esforço em unir mais de 18 mil. Segundo ele, o ato foi um “vexame”. “Nós, para colocarmos 10 mil pessoas nas ruas, muitas vezes, a gente sua sangue. Portanto, temos que reconhecer que eles têm base social, sim”, declarou em uma reunião do PT com a presença do ex-ministro José Dirceu e da ministra Anielle Franco
Edinho reforçou a necessidade de garantir a reeleição do presidente Lula em 2026 e disse que, se forem derrotados, “será trágico”. “Será o avanço do fascimo”, completou.
"Temos que ter consciência da importância da reeleição do presidente Lula, mas também temos que ter consciência que será a última eleição que o presidente Lula estará exposto nas urnas do nosso país.", disse.
Em relação a avaliação negativa de Lula que chegou a 54%, Edinho assume que não existe um nome para a sucessão do presidente e que tudo dependerá da força do PT.
“Nossa tarefa enquanto dirigentes é construirmos o PT pós-Lula. Eu vou repetir aqui uma frase que é do próprio presidente Lula, quando ele diz: 'O meu sucessor não será um nome, o meu sucessor será o Partido dos Trabalhadores, porque se o PT estiver forte, o nome nós construímos'", relatou Edinho.
“Gravidade do momento político”
O petista ainda alertou sobre a “gravidade do momento político” e afirmou que, se o partido “errar o diagnóstico, nós vamos errar o procedimento".
Sobre os opositores a sua candidatura no comando do PT, que dizem que ele vai puxar o PT para o centro, Edinho rebateu afirmando que “quem faz essa acusação a mim fosse olhar o governo que eu construí enquanto prefeito”.
Em seguida, ele defendeu que o partido fique mais próximo da rotina do eleitor e citou como exemplo as igrejas evangélicas. "As igrejas pentecostais e não pentecostais estão fortes porque elas têm presença na vida do povo. Eu não estou dizendo aqui que um partido tem que disputar com religião, porque a religião é movida pela fé, é movida pela espiritualidade, é movida pela subjetividade", disse.
A eleição para o novo comando do partido ocorrerá em julho. A presidência está temporariamente com o senador Humberto Costa (PE), devido a atual presidente Gleisi Hoffmann (RS) ter assumido o cargo de ministra das Relações Institucionais do governo.








