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Partido dividido

Racha interno pode escalar tensão em eleição à presidência do PT, diz jornal

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Racha interno promete escalar tensão para eleição à presidência do PT em julho. (Foto: Fernando Bizerra Jr./EFE)

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A corrente majoritária do PT chamada de Construindo um Novo Brasil (CNB), enfrenta um possível racha interno com a eleição para a presidência do partido, marcada para julho.

Segundo a Folha de S. Paulo, o ex-prefeito de Araraquara (SP), Edinho Silva, apoiado pelo presidente Lula (PT) e lideranças como Fernando Haddad e Alexandre Padilha, é o favorito, mas enfrenta resistência dentro do grupo.

Entre os opositores estão a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, o líder do governo na Câmara, José Guimarães, o deputado Jilmar Tatto, a tesoureira Gleide Andrade e o prefeito de Maricá, Washington Quaquá, esse último, que é o atual vice-presidente do partido e está envolvido em um embate crescente e que pode ecoar no governo Lula após brigas e acusações públicas envolvendo a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco.

Quanto à eleição no PT, esse grupo avaliaria lançar um candidato próprio, possivelmente o senador Humberto Costa, aprofundando a divisão na CNB.

A CNB, predominante no PT há duas décadas, representa uma ala considerada mais “moderada e pragmática” do partido dominando metade do diretório nacional. Segundo o jornal, o impasse se intensificou após uma mudança no estatuto do partido, permitindo a reeleição de membros da Executiva com mais de três mandatos consecutivos, o que foi interpretado como uma tentativa de manter Gleide Andrade e outros dirigentes em seus cargos. Edinho Silva rejeita a ideia.

Diante do cenário de divisão, há especulações sobre a possibilidade de Lula intervir e apoiar um nome de consenso para evitar uma escalada no racha e confronto interno.

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