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Eduardo Bolsonaro estava na casa do irmão Carlos Bolsonaro, assim que a PF chegou para cumprir mandado de busca e apreensão.
Eduardo Bolsonaro estava na casa do irmão Carlos Bolsonaro, assim que a PF chegou para cumprir mandado de busca e apreensão.| Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) se posicionou sobre a operação da Polícia Federal contra o seu irmão Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), realizada nesta segunda-feira (29). Ele cita que o mandado de apreensão foi apresentado “durante o recesso” do Judiciário e logo após, a primeira Super Live do ex-presidente Jair Bolsonaro, acompanhado dos seus filhos.

A live da família Bolsonaro superou os 440 mil espectadores simultâneos em dois diferentes canais do YouTube. Na ocasião, o ex-presidente ressaltou a seu público a importância de se eleger vereadores alinhados a seus valores, além de lançar uma plataforma de treinamento para candidatos, lideranças locais e apoiadores que desejam participar das eleições municipais em outubro deste ano.

De acordo com Eduardo Bolsonaro, os mandados foram escritos pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), logo após a super live e já estava “tudo confeccionado entre meia-noite e 6:00h de hoje”. “Ao que tudo indica, para que todos fossem objeto de busca com base em investigação direcionado ao Carlos”, escreveu em uma publicação no Instagram.

“O mandando era tão genérico que foi cogitado apreender o celular deste deputado federal e das demais pessoas que por ventura estivessem na residência”, disse o deputado.

O parlamentar ainda conta que perguntaram se o “senador Flávio estava hospedado na casa” e ele respondeu que sim. Porém, Eduardo Bolsonaro explica que o seu celular “não foi apreendido”, provavelmente por “não haver justificativa” para ficar com o celular dele e do Flávio. “Se fossem todos ironicamente apreendidos poderia haver um conflito com as prerrogativas do senador”, explica.

Após a busca e apreensão, na manhã desta segunda, Eduardo relata que foram apreendidos material de Tércio Arnauld, assessor do ex-presidente Bolsonaro, “mesmo sem que ele fosse alvo do mandato”, o que considerou “um abuso”. “Em razão dos excessos, contatamos os advogados da família, que se deslocaram para o endereço, mas a PF não aguardou cerca de 30min que faltavam para que chegassem e mantiveram a apreensão dos bens do assessor do presidente Bolsonaro.

Tércio Arnauld, ex-assessor de Bolsonaro, é investigado por suposta participação no chamado “Gabinete do Ódio”. O grupo vem sendo apontado como responsável por atacar adversários do ex-presidente e disseminar informações falsas. Tanto Bolsonaro como Arnaud sempre negaram qualquer movimento nesse sentido.

“Esse estado de coisas não pode permanecer, não pode uma ordem judicial ter uma ampliação dessa forma. Isso é ato ilegal, além de imoral”, conclui o deputado.

Operação contra Carlos Bolsonaro

O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é alvo da operação Vigilância Aproximada por suspeita de ter recebido dados coletados ilegalmente pela Abin. Um dos locais das buscas é o gabinete de Carlos Bolsonaro na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, onde foram apreendidos um computador e documentos.

A operação da PF, realizada nesta segunda (29), trata-se da mesma operação da última semana que mirou o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RS) e um grupo supostamente envolvido em um esquema de espionagem ilegal dentro da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

Parlamentares da oposição repercutiram o caso como uma “perseguição política”, além de um “aniquilação de adversários políticos”. O ex-presidente e a primeira-dama Michelle Bolsonaro também se posicionaram sobre a ação da PF. “Querem me tirar de combate a qualquer custo”, diz Bolsonaro.


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