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"Atitude mafiosa"

Eduardo diz que “sonho” é ver Moraes fora do STF e critica Pacheco: “Comparsa”

Eduardo Bolsonaro não descarta renunciar ao mandato. (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

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O deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (Pl-SP) afirmou nesta segunda-feira (26) que só retornará ao Brasil quando o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), “não estiver mais tão fortalecido”. O magistrado autorizou a abertura de um inquérito para investigar a atuação de Eduardo contra autoridades brasileiras nos Estados Unidos.

“Senão volto e vou continuar debaixo do cabresto dele. Ele vai continuar me ameaçando a depender do que eu faço. O Alexandre de Moraes tem tido uma atitude mafiosa ocupando a cadeira do STF”, disse o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em entrevista ao programa Oeste sem Filtro, da revista Oeste.

“O sonho é ver o Alexandre de Moraes fora da Suprema Corte, indo cuidar da vida dele, ser professor, embaixador em outro país, qualquer outra coisa, mas não interferindo da maneira como ele tem feito recentemente na história do Brasil”, acrescentou.

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Eduardo enfatizou que não vai permitir que Moraes e o procurador-geral da República, Paulo Gonet, criem uma “narrativa” para sustentar que ele estaria nos EUA “trabalhando contra os brasileiros”. Ele alertou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para não “comprar a briga” do ministro.

“Eu estou trabalhando para colocar um freio em Moraes, no [delegado da PF] Fábio Shor, os juízes [auxiliares] dele […] Se o Lula for comprar a briga do Alexandre de Moraes e quiser mergulhar o Brasil em uma aventura, correndo o risco de que o povo brasileiro inteiro seja sancionado, aí é culpa do Lula, não é culpa minha”, afirmou.

Na decisão, o magistrado determinou que a Polícia Federal tome o depoimento de Bolsonaro em até 10 dias. “Estão pressionando até o meu pai, talvez ensaiando uma prisão preventiva [contra ele]”, disse Eduardo. O deputado licenciado ressaltou que não descarta renunciar ao mandato, pois sua licença tem o prazo de 120 dias. Eduardo afirmou que, caso Moraes não seja sancionado, ficará “eternamente” nos Estados Unidos.

Eduardo dia que Pacheco foi “comparsa” de Moraes

Durante a entrevista, Eduardo criticou o ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), por não ter aberto um processo de impeachment apresentado pela oposição contra Moraes.

“Não ficaria surpreso se o PGR tivesse colocado adiante esse inquérito contra mim pressionado pelo Moraes, porque de fato ele não tem limites. Quem é também, um dos coautores e comparsas disso tudo é o Rodrigo Pacheco, ex-presidente do Senado, que não pautou nenhum dos diversos pedidos de impeachment para cessar esses inquéritos absurdos”, disse.

Em agosto de 2024, Pacheco afirmou que não seria pressionado a abrir um processo de impeachment contra o ministro e defendeu que era necessário “prudência” na análise desses pedidos para evitar a “esculhambação” do país.

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