Ao participar do 59° Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a relacionar o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao fascismo e chegou a dizer que voltou para "recuperar a democracia".
“Eu voltei não porque eu quis voltar, mas porque o povo voltou junto comigo. Para recuperar a democracia e a qualidade de vida do povo. Há muito pouco tempo o Brasil conheceu o que é o fascismo. Em quatro anos vimos como se destrói a democracia. Espero que a gente tenha aprendido a lição de que é a democracia que nos permite viver na diversidade”, disse o mandatário.
O ex-presidente do Uruguai Pepe Mujica, aliado do petista, também participou do evento e discursou para os presentes. Para o ex-chefe do Executivo do país vizinho, a América Latina precisa se unir.
Além deles, os ministros Camilo Santana (Educação), Ana Moser (Esportes), Márcio Macêdo (Secretaria-Geral) e Luciana Santos (Ciência e Tecnologia) participaram do evento da UNE. Membros do Congresso, como a deputada Jandira Feghali (PCdoB – RJ), o deputado Orlando Silva (PcdoB-SP) e o senador Randolfe Rodrigues (sem partido), também compareceram.
Ainda nesta quinta-feira, Lula e Mujica se encontraram no Palácio do Planalto. O ex-presidente uruguaio também foi recebido no Ministério da Educação por Santana. “Ambos trocaram impressões sobre o contexto político sul-americano e sobre a retomada da integração regional; sobre o potencial de comércio de maior valor agregado como forma de combater a desindustrialização e promover o desenvolvimento tecnológico; e sobre o papel da região na atual geopolítica mundial”, disse o Planalto em nota divulgada sobre o encontro.
Barroso no Congresso da UNE
Foi no 59º Congresso da UNE que o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que enfrentou e derrotou o “bolsonarismo”. A declaração foi dada na quarta-feira (12).
“Nada que está acontecendo aqui me é estranho. Já enfrentei a ditadura e já enfrentei o bolsonarismo. Não tenho medo de vaia porque temos um país para construir. Nós derrotamos o bolsonarismo para permitir a democracia e a manifestação livre de todas as pessoas”, disse, após ser vaiado por causa da sua atuação em processos na Corte, como o piso da enfermagem e o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), em 2016.
A fala entrou na mira de deputados da oposição, que consideram entrar com um processo de impeachment contra o magistrado por entenderem que ele "exerceu atividade político-partidária", um crime de responsabilidade previsto para ministros do STF, e que seja declarado suspeito de participar do julgamento de todos os processos envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aliados.
Em resposta, a Corte emitiu uma nota dizendo que Barroso estava se referindo "ao voto popular" quando falou que o "bolsonarismo" foi derrotado.
Já Barroso afirmou em nota, nesta quinta-feira (13), que ao utilizar a expressão “derrotamos o bolsonarismo”, se referia “ao extremismo golpista e violento que se manifestou no 8 de janeiro e que corresponde a uma minoria”.
“Jamais pretendi ofender os 58 milhões de eleitores do ex-Presidente nem criticar uma visão de mundo conservadora e democrática, que é perfeitamente legítima. Tenho o maior respeito por todos os eleitores e por todos os políticos democratas, sejam eles conservadores, liberais ou progressistas”, disse o magistrado, em nova nota divulgada pelo STF.
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