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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse ser “visível” que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) “tentou dar um golpe no país” e “contribuiu” com o suposto plano para matá-lo. A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) tornou Bolsonaro réu, nesta quarta-feira (26), por suposta tentativa de golpe de Estado.
“Ao invés de chorar, caia na realidade e saiba que você cometeu um atentado contra a soberania deste país”, disse Lula em coletiva de imprensa no Japão. A suposta trama golpista incluía um plano para assassinar o petista, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes.
“É visível que o ex-presidente tentou dar um golpe no país. É visível por todas as provas que ele tentou contribuir para o meu assassinato e para o assassinato do vice-presidente e do ex-presidente da Justiça Eleitoral brasileira. Todo mundo sabe o que aconteceu nesse país”, afirmou.
O chefe do Executivo disse que Bolsonaro deve parar de faz “bravata” e "provocações", porque “não tem como provar que é inocente”.
“Não adianta agora ele ficar fazendo bravata, dizendo que está sendo perseguido. Ele sabe o que cometeu. Só ele sabe o que ele fez, ele sabe que não foi correto. Não adianta ficar pedindo anistia antes do julgamento. Quando ele pede anistia antes do julgamento significa que ele é culpado”, enfatizou.
Lula diz que foi impedido de disputar eleição em 2018 e defende presunção de inocência para Bolsonaro
Lula disse que em 2018 foi impedido de disputar a presidência da República, pois não teve direito à presunção de inocência quando foi julgado pela Lava Jato. “Se nos autos do processo ele for [declarado] inocente, que seja inocentado. Se for culpado, que seja punido. Eu inclusive defendo que ele tenha a presunção de inocência que eu também não tive”, reiterou o presidente.
O petista passou 580 dias preso na Superintendência da PF em Curitiba (PR) após ser condenado pelo então juiz Sergio Moro (União-PR), que atualmente é senador, no caso do tríplex do Guarujá. Ele apontou que seria “presunção fazer um prognóstico” sobre a decisão do Supremo e destacou a investigação “muito bem feita” pela Polícia Federal e pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
A Primeira Turma do STF tornou réus Bolsonaro e outros 7 denunciados do chamado "núcleo 1" da suposta tentativa de golpe. O ex-presidente diz ser inocente e criticou a Corte pela decisão. “Parece que tem algo pessoal contra mim, e a acusação é muito grave e são infundadas (sic). E não é da boca pra fora”, disse em uma entrevista coletiva no Congresso, de onde assistiu ao julgamento de recebimento da denúncia.
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