O embaixador da Ucrânia no Brasil, Andriy Melnyk, pediu que o Congresso, o governo e a sociedade brasileira comecem a agir ativamente em sua luta contra a invasão russa que completa dois anos no próximo sábado. Melnyk deu a declaração no Senado Federal onde foi inaugurada nesta quarta-feira uma exposição pública de fotos da devastação da guerra na Ucrânia.
"Eu espero que essa exposição evoque empatia pela heróica resistência dos ucranianos contra a invasão russa. Que evoque compaixão pela batalha desigual de Davi contra Golias. Que incentive nossas irmãs e irmãos brasileiros a agir ativamente em nome dos ucranianos. Eu gostaria de fazer um apelo, ao Congresso, ao governo e à sociedade. Nos ajudem na luta pela liberdade e pela nossa independência", discursou.
"A indiferença é o pior de todos os males. Eu apelo aos brasileiros: não sejam indiferentes à dor e ao sofrimento dos ucranianos. Nos emprestem seu ombro poderoso. Fiquem do lado certo da história", disse.
A exposição ocorre no momento em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se prepara para receber o chanceler russo Sergei Lavrov na cúpula de embaixadores do G20 que ocorre no Rio de Janeiro. O russo está com dificuldades para chegar ao Brasil pois a Rússia está sob uma série de sanções internacionais e a delegação russa pode não ser capaz de comprar combustível para retornar com seu avião à Moscou.
Em dois anos, a guerra deixou mais de 10 mil civis mortos e 19 mil crianças ucranianas foram levadas à força para serem adotadas por famílias russas. O número de militares mortos ou feridos já passa de 500 mil.
O senador Sergio Moro criticou o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no evento. "Desde o início, o governo Lula não tomou uma posição adequada em relação à guerra da Rússia contra a Ucrânia. Aqui há uma situação clara na qual a Rússia invadiu a Ucrânia, a Ucrânia é o país invadido e está lutando com muito esforço para repelir essa invasão", disse.
A exposição de fotos da guerra é aberta ao público no Salão Negro do Congresso.
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