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A StandWithUs Brasil, entidade ligada ao governo israelense, repudiou a declaração de Lula que equiparou Israel ao Hamas.
A StandWithUs Brasil, entidade ligada ao governo israelense, repudiou a declaração de Lula que equiparou Israel ao Hamas.| Foto: EFE/Andre Borges.

A StandWithUs Brasil, entidade ligada ao governo israelense, repudiou nesta terça-feira (14) a declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de que o contra-ataque de Israel aos atos terroristas do Hamas é “igual ao terrorismo”. A fala ocorreu após o mandatário receber os brasileiros que foram repatriados da Faixa de Gaza, na noite desta segunda (13), e foi repetida por ele nesta manhã durante sua live semanal.

“Tais afirmativas, porém, são bastante graves. O presidente brasileiro segue equiparando Israel, um Estado democrático a um grupo terrorista com intentos abertamente genocidas que massacrou cerca de 1.200 pessoas - dentre elas, três brasileiros - e sequestrou mais de 240 pessoas”, disse a entidade, em nota.

A StandWithUs Brasil argumentou que Israel “tem buscado observar as regras do direito internacional humanitário”. “Ademais, a própria ideia de terrorismo de Estado é bastante contestável, tanto do ponto de vista acadêmico quanto do direito internacional, uma vez que o Estado detém o monopólio legítimo do uso da força. No caso em questão, sobretudo, o que temos é um Estado defendendo-se de atos bárbaros perpetrados por um grupo terrorista”, ressaltou a entidade.

“Inclusive, pela própria definição de terrorismo do Conselho de Segurança da ONU, a qual o Brasil observa, as ações de Israel não podem ser consideradas como tal, diferentemente do Hamas. O presidente brasileiro até reconhece que o grupo cometeu atos terroristas no dia 07/10 em Israel, mas recusa-se a classificá-lo como terrorista”, acrescentou.

Apesar de chamar a ação de Israel de “terrorismo”, Lula também afirmou nesta manhã que “houve um ataque terrorista do Hamas, e que condenamos desde o início”. A StandWithUs Brasil disse estar feliz com o retorno em segurança dos brasileiros que estavam em Gaza.

“Desejamos que essa guerra acabe logo a fim de que todos os civis - palestinos, israelenses e os estrangeiros que estão lá - sejam protegidos e possam viver em paz. Para que isso aconteça, porém, é imprescindível que o Hamas liberte os cerca de 240 reféns que foram sequestrados nos ataques brutais do dia 07/10 e abra mão do seu objetivo de destruir Israel”, diz a nota.

Veja a nota na íntegra:

"Nesta madrugada (14), ao receber os brasileiros que finalmente conseguiram sair da Faixa de Gaza, o presidente Lula se pronunciou mais uma vez sobre Israel. Na ocasião, ele continuou a fazer falsas equivalências entre o Estado judeu e o Hamas, afirmando que “Israel também está cometendo vários atos de terrorismo”.

Discurso semelhante já havia sido proferido ontem (13), pelo presidente, em evento para sancionar a reformulação da Lei de Cotas, no Palácio do Planalto. Tais afirmativas, porém, são bastante graves. O presidente brasileiro segue equiparando Israel, um Estado democrático a um grupo terrorista com intentos abertamente genocidas que massacrou cerca de 1.200 pessoas - dentre elas, três brasileiros - e sequestrou mais de 240 pessoas.

O Estado judeu tem buscado observar as regras do direito internacional humanitário. É justamente por isso, inclusive, que tem alertado com antecedência aos civis da Faixa de Gaza onde serão os bombardeios para que eles possam se deslocar. As operações militares têm se concentrado principalmente ao norte do território.

Desde o dia 05 de novembro Israel tem aberto corredores para os civis evacuarem as zonas de conflito e feito pausas humanitárias. Há inúmeros relatos, porém, de que o Hamas têm impedido esses civis de se deslocarem e até mesmo confiscado parte da ajuda enviada. Em toda guerra, mesmo com todas as leis internacionais sendo cumpridas, infelizmente, haverá baixas civis. Mas há uma grande diferença entre situações como essas e o ataque deliberado e cruel contra civis, como o Hamas fez no dia 07 de outubro.

Ademais, a própria ideia de terrorismo de Estado é bastante contestável, tanto do ponto de vista acadêmico quanto do direito internacional, uma vez que o Estado detém o monopólio legítimo do uso da força. No caso em questão, sobretudo, o que temos é um Estado defendendo-se de atos bárbaros perpetrados por um grupo terrorista.

Inclusive, pela própria definição de terrorismo do Conselho de Segurança da ONU, a qual o Brasil observa, as ações de Israel não podem ser consideradas como tal, diferentemente do Hamas. O presidente brasileiro até reconhece que o grupo cometeu atos terroristas no dia 07/10 em Israel, mas recusa-se a classificá-lo como terrorista.

Estamos felizes por saber que os brasileiros conseguiram sair em segurança e desejamos que essa guerra acabe logo a fim de que todos os civis - palestinos, israelenses e os estrangeiros que estão lá - sejam protegidos e possam viver em paz. Para que isso aconteça, porém, é imprescindível que o Hamas liberte os cerca de 240 reféns que foram sequestrados nos ataques brutais do dia 07/10 e abra mão do seu objetivo de destruir Israel.

Todas as vidas perdidas nesse conflito são de igual valor, palestinas e israelenses, e é lastimável que tantos civis inocentes estejam morrendo. Justamente por causa disso, é necessário compreender corretamente as causas dessa tragédia e os verdadeiros responsáveis por ela". André Lajst - Presidente Executivo, StandWithUs Brasil

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