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“Espero que venha uma revisão das penas ou até mesmo das condenações”, diz Moro sobre réus do 8/1

O senador Sergio Moro (União-PR) espera uma revisão de penas e até mesmo das condenações envolvendo os réus do 8/1
O senador Sergio Moro espera uma revisão de penas e, até mesmo, das condenações envolvendo os réus do 8/1 (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

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Em entrevista ao programa Café com a Gazeta do Povo, o senador Sergio Moro (União-PR), afirmou que espera uma redução de penas ou até mesmo que o Supremo Tribunal Federal (STF) reveja as condenações aplicadas aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023, especialmente após a manifestação do último domingo (6), na Avenida paulista, em São Paulo. O parlamentar destacou ainda a ineficácia do governo Lula (PT) na segurança pública e pontuou que pode se tornar um candidato ao governo do estado do Paraná.

Acerca da manifestação em prol dos réus do 8 de janeiro e do projeto de lei da Anistia, Moro enfatizou que sempre foi a favor da proposta e que, caso o texto caminhe no Congresso Nacional, seguirá favorável à questão. Ele destaca o caso da cabeleireira Debora Rodrigues, condenada a 14 anos de prisão, como um dos casos emblemáticos de excessos da Suprema Corte.

"Não há dúvidas de que ocorre, no mínimo, uma sequência de penas excessivas. 14 anos de prisão para uma mãe com dois filhos pequenos, com emprego fixo e sendo ré primária não é aceitável. Entendo que a manifestação de ontem traz um sentimento de injustiça perante a tudo o que foi feito. Vejo, inclusive, como necessária, a revisão de condenações dessas pessoas", disse Moro.

Governo Lula e a segurança pública

Outro assunto abordado que preocupa o senador é a segurança pública e a ineficácia do governo Lula na ge3stão dos problemas que atingem o país. De acordo com Moro, o Palácio do Planalto não encaminhou sequer um projeto de lei que visasse aperfeiçoar a segurança da população.

"São três anos de governo e nada foi encaminhado nesse sentido para que pudéssemos apreciar no Congresso Nacional. Isso diz muito sobre as prioridades do atual presidente e a forma como ele conduz o país. Basta dizer que aprovamos no Senado a saída temporária dos presos e o presidente da República vetou. O que esperar de um governo federal conivente com a bandidagem?", questionou.

O campo também é uma preocupação de Moro. Ele lembrou das invasões de terras ocorridas no Paraná, nas cidades de Guaíra e Terra Roxa, bem como nos estados da Bahia e Ceará, e enfatizou que os eventos contam com a inércia do Executivo.

"Não existe reintegração de posse, produtores são expulsos de suas casas e tudo isso sob a liderança desses movimentos criminosos que contam com o apoio de governos estaduais de esquerda ou mesmo do governo federal. É inadmissível".

Candidatura ao governo do Paraná e nomes do STF

Ao ser questionado sobre uma possível candidatura ao governo do Paraná, Moro ressaltou que o trabalho como senador é o que importa no momento. Apesar disso, pontuou que o Paraná, "apesar de estar bem, pode ser ainda melhor".

"Com certeza temos muitas coisas para melhorar, no desenvolvimento do setor agropecuário, na logística, no fortalecimento das indústrias. Estamos bem, mas podemos ser melhores, temos que ser o estado número 1".

Moro refletiu, também, sobre as recentes indicações do presidente Lula para o STF. Segundo ele, tanto o ministro Cristiano Zanin quanto o ministro Flavio Dino, não poderiam estar na Corte.

"O ministro Zanin, até pouco tempo, era advogado do Lula. Não existe qualquer possibilidade dele estar na posição atual de ministro. Sobre o ministro Dino, a mesma coisa. Ele foi juiz, mas virou deputado, governador, foi eleito senador. Ou seja, a política já se envolveu na vida dele. Também não deveria estar lá", finalizou.

O Café com a Gazeta do Povo vai ao ar de segunda a sexta-feira, das 7h às 9h30, ao vivo de Curitiba, com apresentação de Guilherme Oliveira, e de São Paulo, com Lucas Saba.

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