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Gleisi Hoffmann
A presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann, que criticou a manifestação na Paulista,| Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados.

A presidente do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, e os deputados Guilherme Boulos (PSOL-SP) e Lindbergh Farias (PT-RJ) usaram as redes sociais para atacar o discurso do ex-presidente Jair Bolsonaro na manifestação que lotou a Avenida Paulista, em São Paulo, neste domingo (25).

"O discurso de Bolsonaro foi típico de um farsante, do começo ao fim. Devia ter apresentado à Polícia Federal sua versão fabulosa sobre o decreto de golpe. Seria confrontado com as provas da conspiração, que previa tropas na rua e prisão de ministros e adversários", escreveu Hoffmann na rede social X (Twitter).

Bolsonaro negou que tenha participado de uma tentativa de golpe de Estado e rebateu as acusações da Polícia Federal de que teria participado da elaboração de uma minuta de decreto de Estado de Sítio ou Estado de Defesa.

O ex-presidente também defendeu que o Congresso conceda anistia para os manifestantes presos nos atos de vandalismo no dia 8 de janeiro da Praça dos Três Poderes, em Brasília. Hoffmann afirmou argumentou que Bolsonaro defendeu a anistia para anistia para os condenados pelos atentados de 8 de janeiro, pensando em sua própria impunidade.

"É incapaz de defender interesses que não sejam os dele. Com golpista não tem que ter complacência, a começar pelo chefe de todos eles", disse.

"Bolsonaro quer levar seus seguidores para a cadeia também, essa é a única explicação para convocar um ato ilegítimo em "defesa do Estado democrático de Direito" quando ele está sendo investigado justamente por articular um golpe de Estado", escreveu a presidente do PT.

No início da manifestação, a presidente do PT publicou um vídeo dos atos de 8 de janeiro com a seguinte legenda. "Hoje se vestem de cordeiros, falam em Deus e na democracia. Em 8 de janeiro mostraram os animais que são."

Num texto longo, ela também falou em ameaça à democracia e disse que Bolsonaro adota uma postura de "vitima". "Não adianta amaciar discurso nem posar de vítima, o Brasil e o mundo conhecem o prontuário antidemocrático, ditatorial e fascista de Jair Bolsonaro. Continua sendo e sempre será uma ameaça à democracia, ao estado de direito e à paz. O que Bolsonaro fez foi terceirizar para Malafaia os ataques que sempre fez à Justiça, às instituições e à verdade", escreveu a deputada.

Boulos e Lindbergh Farias pedem cadeia para ex-presidente


O deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) sugeriu nas redes sociais que o ex-presidente será preso. "Bolsonaro mente. Ele vai ser preso. Está falando agora da minuta do golpe. Diz ele que era constitucional. Mentiroso! Por acaso a Constituição Federal permite que um presidente prenda o ministro Alexandre Moraes e anule as eleições? Outra coisa, o covarde falou no ato sobre anistia. Anistia para ele. São tantas provas.", escreveu.

Bolsonaro não disse em seu discurso que a alegada minuta apresentada pela Polícia Federal era constitucional, como Farias dá a entender. O ex-presidente disse que a possibilidade de declaração de Estado de Sítio ou de Defesa está na Constituição, mas seriam necessárias a convocação dos conselhos de Defesa e da República e a aprovação no Congresso para que entrasse em vigor.

O deputado e pré-candidato a prefeito da capital paulista pelo PSOL, Guilherme Boulos, também questionou os argumentos do ex-presidente em sua defesa, ao admitir a minuta do decreto de Estado de Defesa. "Bolsonaro acabou de literalmente confessar que planejavam prender ministros do STF, invalidar resultado eleitoral e realizar novas eleições. Cadeia para os golpistas!" Essa afirmação de Boulos é uma interpretação pessoal não fundamentada do disrcurso do ex-presidente.

O deputado aproveitou para investir na estratégia de polarização da campanha à prefeitura, vinculando o seu adversário, prefeito Ricardo Nunes (MDB), ao ex-presidente. Nunes decidiu ir ao evento, apesar de divergências da coordenação de campanha, que viam risco político na decisão. "Nunes já está com a pulserinha VIP do camarote do Gabinete do Ódio", escreveu Boulos no X.

A militância mobilizada nas redes tentou impulsionar a hashtag @Chuva de Lula, com vídeos da comemoração da vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, também na Avenida Paulista, em 2022, que chegou a ficar nos trends topics no início da noite no X.

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