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Ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira.
Ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira.| Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados

Ao discursar na abertura da Jornada Hemisférica da Agricultura Familiar das Américas, nesta segunda-feira (11), o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira (PT), fez graves alertas sobre as exigências da União Europeia no acordo que está sendo negociado com o Mercosul. Segundo o ministro, os termos como estão postos podem “ameaçar a agricultura familiar”.

“Acho que esse acordo precisa ser discutido tendo em vista as exigências muito elevadas e imediatistas que os países europeus estão colocando. E, também, na minha opinião (deve ser feito) não colocando um processo de mudanças que pode, se fizer uma abertura muito rápida, ameaçar enfraquecendo a nossa agricultura familiar”, disse o ministro ao reforçar a necessidade de debater sobre as repercussões que o acordo irá trazer para a agricultura brasileira.

“Não se trata de não fazer esse acordo, mas de fazê-lo da maneira correta [...] Eu gostaria de fazer um acordo da maneira que a Europa fez entre si. Eles colocaram um programa paulatino e progressivo de integração e não um programa que fosse tão rápido que prejudicasse as economias”, completou Teixeira.

Mais cedo, ao falar com jornalistas em Nova Délhi, capital da Índia, o presidente Lula (PT) pressionou os líderes do Mercosul e da União Europeia (UE) para que seja firmado logo o acordo comercial entre os dois blocos.

“Temos que chegar nos próximos meses a um acordo de sim ou não. Ou faz ou para de discutir. Já faz 22 anos”, disse Lula ao enfatizar que quando as negociações não avançam, é hora de entrar a política.

Uma delegação com negociadores da UE virá ao Brasil no próximo dia 21 para um encontro com representantes do governo. Na próxima sexta-feira (15), será realizada uma reunião virtual entre os mesmos negociadores e o governo brasileiro.

Em julho, Lula assumiu a presidência rotativa do Mercosul para um mandato de seis meses.

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