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O diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Antônio Fernando Oliveira
O diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Antônio Fernando Oliveira| Foto: Reprodução/YouTube/TV Brasil

Em resposta a uma fala do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, o diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Antônio Fernando Oliveira, disse que a “extinção da corporação não é o remédio”.

Na semana passada, o ministro Gilmar Mendes lamentou a morte da menina Heloísa dos Santos Silva, de 3 anos, baleada em uma abordagem de agentes da PRF e afirmou que a corporação “merece ter a sua existência repensada”.

“Quando ele fala da indignação do fato, eu concordo, estou também indignado. Repensar a política já está sendo, nós estamos com revisão da doutrina, inclusive antes da determinação do ministro [da Justiça, Flávio Dino]. Eu discordo da extinção, acho que a extinção não é o remédio. Mas repensar, nós estamos repensando”, disse Oliveira em entrevista concedida à Folha de São Paulo, na última terça-feira (19).

A menina Heloísa foi atingida por tiros de fuzil na noite do último dia 7, quando o carro da família passava pelo Arco Metropolitano, em Seropédica, na Baixada Fluminense. Segundo parentes de Heloísa, agentes da PRF abriram fogo contra o veículo da família, atingindo a criança na cabeça e na coluna. A criança morreu depois de passar nove dias internada.

O Ministério Público Federal (MPF) pediu a prisão dos três agentes da PRF envolvidos na ação.

Após a fala do ministro do STF, policiais lamentaram a tragédia e saíram em defesa da continuidade da PRF.

O ex-PRF e delegado da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE) da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, Fabrício Oliveira, disse que a PRF é "essencial para a segurança e o combate ao crime" e destacou o impacto das ações da corporação contra o tráfico de drogas.

“Em 2020, a PRF apreendeu incríveis 736 toneladas de maconha, seguidas por 35 toneladas de cocaína em 2021. Além disso, o órgão conseguiu recuperar mais de 13 mil veículos roubados no mesmo ano e confiscou mais de 115 milhões de maços de cigarro em 2020. Nos últimos 20 anos, a PRF efetuou a prisão de 629 mil pessoas e apreendeu 28 mil armas de fogo”, disse o delegado em seu Instagram ao citar os números oficiais do governo federal que colocam a PRF como a instituição que mais realiza apreensões de drogas no mundo.

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