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General Fernando Azevedo e Silva era ministro da Defesa desde o primeiro dia do governo Bolsonaro, em janeiro de 2019
General Fernando Azevedo e Silva era ministro da Defesa desde o primeiro dia do governo Bolsonaro, em janeiro de 2019| Foto: Alexandre Manfrim/Ministério da Defesa

O general Fernando Azevedo e Silva não é mais ministro da Defesa. O militar anunciou na tarde desta segunda-feira (29) sua demissão do governo em nota oficial divulgada à imprensa. "Saio na certeza da missão cumprida", afirma.

Na nota, o ministro agradeceu o convite ao presidente Jair Bolsonaro, a quem diz ter dedicado "total lealdade ao longo desses mais de dois anos" pela "oportunidade de ter servido ao país, como ministro da Defesa". Não ficou claro no comunicado se ele pediu demissão ou se foi demitido pelo presidente da República. Na agenda oficial de Bolsonaro consta que os dois se reuniram no início da tarde desta segunda-feira.

Segundo o blog de Lauro Jardim, de O Globo, Bolsonaro disse ao ministro da Defesa que "precisava" do cargo. "Bolsonaro também costumava reclamar com o general Azevedo e Silva que precisava de demonstrações públicas de apoio das Forças Armadas. E culpava Azevedo e Silva por não tê-las", escreveu Jardim.

De perfil moderado, Azevedo e Silva era ministro da Defesa desde o primeiro dia do governo Bolsonaro, em janeiro de 2019. Durante esse período, ele atuou para ampliar o orçamento das Forças Armadas e benefícios ao oficialato na reforma da Previdência dos militares, aprovada em 2019. Na nota, o general destaca ter preservado as Forças Armadas "como instituições de Estado". "O meu reconhecimento e gratidão aos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, e suas respectivas forças, que nunca mediram esforços para atender às necessidades e emergências da população brasileira", declarou.

Segundo a CNN Brasil, a expectativa é de que Bolsonaro anuncie para o lugar de Azevedo e Silva outro militar, mais próximo do presidente da República. Ele já teria alguns nomes na mesa. O ministro-chefe da Casa Civil, general Braga Netto, é o favorito para ocupar o posto.

Antes de assumir o ministério, Fernando Azevedo e Silva foi chefe do Estado Maior do Exército, assessor especial do ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, e assessor parlamentar do Alto-Comando do Exército, no Congresso. Está na reserva do Exército desde julho de 2018. Ao longo da sua vida militar, recebeu 17 condecorações nacionais e quatro estrangeiras.

Natural da cidade do Rio de Janeiro, Azevedo e Silva é um general quatro estrelas. Ocupou vários cargos e funções nas Forças Armadas. Comandou o 2º Batalhão de Infantaria Leve, em São Vicente (SP), a Brigada de Infantaria Paraquedista e o Centro de Capacitação Física do Exército. Foi ainda diretor do Departamento de Desporto Militar do Ministério da Defesa.

Leia na íntegra a nota de Fernando Azevedo e Silva

"Agradeço ao Presidente da República, a quem dediquei total lealdade ao longo desses mais de dois anos, a oportunidade de ter servido ao País, como Ministro de Estado da Defesa.

Nesse período, preservei as Forças Armadas como instituições de Estado.

O meu reconhecimento e gratidão aos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, e suas respectivas forças, que nunca mediram esforços para atender às necessidades e emergências da população brasileira.

Saio na certeza da missão cumprida."

Fernando Azevedo e Silva

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