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Penitenciária federal
Equipes de elite da PF e PRF serão enviadas de Brasília a Mossoró nesta sexta para reforçar buscas a detentos fugitivos.| Foto: divulgação/Senappen

A busca pelos dois fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró (RN) continua pelo terceiro dia consecutivo nesta sexta (16), com mais de 300 agentes de segurança empenhados na operação desde quarta (14). A mobilização inclui 100 agentes da Polícia Federal, 100 da Polícia Rodoviária Federal, 100 das forças policiais locais, além de helicópteros, drones com equipamentos termais e cães farejadores.

Nesta sexta-feira (16), equipes de operações especiais da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal serão enviadas de Brasília para Mossoró em um avião da PF.

Rogério da Silva Mendonça, vulgo Querubim, e Deibson Cabral Nascimento, conhecido como Tatu, fazem parte do Comando Vermelho e estavam abrigados em Mossoró após serem transferidos de Rio Branco (AC), em setembro do ano passado. Eles foram para a mesma unidade em que um dos líderes da facção, Fernandinho Beira-Mar, está detido.

O ministro Ricardo Lewandowski, da Justiça e Segurança Pública, acredita que os fugitivos permaneçam próximos ao presídio, em uma área rural a até 15 km do centro da cidade, pois não foram identificados veículos buscando-os após a fuga.

“É um local de matas, uma zona rural, e nós imaginamos que eles estejam homiziados ainda naquela região, porque pelas vídeo câmeras nós não identificamos nenhum veículo que os tenha buscado quando transpuseram as grades do presídio”, disse Lewandowski em uma entrevista coletiva no final da tarde de quinta (15).

Apesar de não haver nenhum registro de resgate nas redondezas, pelo menos uma casa próxima foi arrombada com itens pessoais e comida levados pelos bandidos. A polícia investiga se há ligação entre os fugitivos e este crime.

A atuação da PRF foi reforçada nas rodovias próximas para evitar a fuga para outros estados. O ministro enfatizou que a recaptura é prioridade e que processos administrativos e inquéritos policiais foram abertos para apurar responsabilidades pela fuga e possíveis facilitações.

Além das buscas na região, a Polícia Federal incluiu os nomes dos detentos na difusão vermelha da Interpol, já que há o risco de que eles se evadam para países vizinhos que têm ramificações da facção criminosa.

Lewandowski apontou falhas na segurança da penitenciária, no sistema de câmeras de monitoramento e luzes desligadas. Segundo o ministro, os criminosos fugiram pelo teto da cela – individual – através de um buraco na luminária e arrancaram cabos e a estrutura metálica do forro.

Logo depois, acessaram o pátio da penitenciária e cortaram as cercas de alambrado com ferramentas provavelmente obtidas do canteiro de obras no local.

A fuga ocorreu por volta das 3h de quarta (14), mas os agentes da unidade deram falta dos detentos apenas duas horas depois.

O Secretário Nacional de Políticas Penais, André de Albuquerque Garcia, foi enviado para coordenar as operações em Mossoró, garantindo que as buscas continuam ativas 24 horas por dia.

Esta é a primeira fuga registrada em um presídio federal de segurança máxima desde a criação do sistema em 2006, sendo o presídio de Mossoró o terceiro inaugurado pelo governo federal em 2009.

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