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A deputada federal e ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT-PR), atribuiu nesta terça-feira a uma "conspiração dos Bolsonaros" a possibilidade de que os EUA usem poder militar contra o Brasil. Em sua conta no X, Gleisi disse que é "inadmissível" que os EUA cogitem tomar esta atitude pela liberdade de expressão.
"Não bastam as tarifas contra nossas exportações, as sanções ilegais contra ministros do governo, do STF e suas famílias, agora ameaçam invadir o Brasil. E ainda dizem que estão defendendo a 'liberdade de expressão'", escreveu a parlamentar.
Questão "do nosso tempo"
A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou nesta terça que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não teria "receio" de usar o "poder econômico" e o "poder militar" americanos para proteger a liberdade de expressão em outros países.
Leavitt fez o comentário ao responder a uma pergunta de Michael Shellenberger, criador da série de reportagens Twitter Files, que questionou se a Casa Branca pretende tomar "medidas adicionais contra Europa e Brasil" devido a ações contra redes sociais e processos contra políticos de direita.
O jornalista mencionou que "o presidente [Trump] manifestou preocupação sobre o [ex-] presidente [Jair] Bolsonaro, que foi tornado inelegível" e que pode ser condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) esta semana. Shellenberger citou que ele e "colegas brasileiros" estão sendo investigados criminalmente por reportagens do Twitter Files Brazil.
"A liberdade de expressão é indiscutivelmente a questão mais importante do nosso tempo. Ela está consagrada em nossa Constituição e o presidente acredita firmemente nela. Ele próprio enfrentou a censura no seu caminho de volta a este belo Salão Oval em Washington", respondeu Leavitt.
Também nesta terça, a Embaixada dos EUA afirmou que o país continuará a agir contra o ministro Alexandre de Moraes.
