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Apoio da base aliada

Gleisi nega retaliação, mas Planalto vai mapear cargos de aliados da Anistia

“Governo não está em operação de retaliação”, diz Gleisi sobre anistia (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

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A ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, afirmou nesta terça-feira (15) que o governo federal não pretende retaliar os deputados federais da base aliada que assinaram o requerimento de urgência para o PL da Anistia. Porém, ela destacou que o Palácio do Planalto vai se esforçar em convencê-los sobre "a gravidade da proposta e os seus efeitos prejudiciais para a democracia".

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“O governo não está em uma operação de retaliação. Mas está, sim, mostrando aos deputados federais a gravidade política, jurídica e institucional que significa apoiar este projeto”, disse a ministra, em entrevista à CNN Brasil.

De acordo com Gleisi, o projeto visa garantir “a impunidade de Jair Bolsonaro e que quem mais tentou derrubar” o governo petista.

“É um absurdo apoiar o projeto sendo da base do governo federal. Trata-se de uma grave afronta ao Poder Judiciário e à própria democracia. A urgência é para tratar de propostas que realmente interessam à população “, afirmou.

Mais cedo, o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, informou que o governo vai trabalhar para que, pelo menos, 20 deputados de partidos da base retirem as assinaturas do requerimento de urgência.

O requerimento de urgência foi protocolado na segunda (14) com a assinatura de 262 deputados, 5 a mais do que o mínimo necessário para encaminhar a proposta. Destes, 146 são de parlamentares de partidos que possuem ministérios e cargos no governo, como o União Brasil, o PP, o Republicanos, o PSD e o MDB.

Mudanças nos Ministérios

O Palácio do Planalto pretende realizar, em maio, um pente-fino nos cargos da Esplanada dos Ministérios ocupados por indicados de deputados e senadores, segundo informações da CNN Brasil.

A ideia é criar um mapa detalhado das nomeações políticas para reforçar a articulação com o Congresso Nacional, em meio às negociações de projetos prioritários do governo, como a reformulação da tabela do Imposto de Renda e a PEC da Segurança Pública.

De acordo com interlocutores do governo, até parlamentares com baixa fidelidade à pauta do Planalto mantêm apadrinhados em cargos estratégicos de autarquias e órgãos federais.

O levantamento também deve apontar parlamentares que apoiam o requerimento de urgência do PL da Anistia, mas que ainda mantêm aliados nomeados na estrutura do governo Lula. A expectativa é de que o mapeamento ajude a calibrar concessões e cobrar mais coerência da base aliada.

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