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Articulação da anistia

Gonet defende arquivamento de ação de deputado do PT contra Tarcísio

Gonet defende arquivamento de ação de deputado do PT contra Tarcísio
Petista pediu investigação de Tarcísio por articular anistia, mas Gonet afirmou que a “articulação política não constitui ilícito penal". (Foto: Pablo Jacob/Governo do Estado de SP)

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O procurador-geral da República, Paulo Gonet, defendeu nesta quarta-feira (15) o arquivamento da notícia-crime apresentada pelo deputado federal Rui Falcão (PT-SP) contra o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Gonet considerou que o petista não está habilitado para solicitar a abertura de uma investigação e a imposição de medidas cautelares contra o governador.

Falcão acusou Tarcísio de suposta obstrução de Justiça ao articular o avanço do projeto de lei da anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023. O governador esteve em Brasília para defender a votação da proposta durante o início do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pela suposta tentativa de golpe de Estado.

Para o PGR, a “articulação política não constitui ilícito penal, tampouco extrapola os limites da liberdade de expressão”. Gonet destacou que a concessão de anistia é matéria reservada ao Congresso e depende da sanção presidencial.

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No parecer, o procurador-geral afirmou que os relatos feitos por Falcão “não contêm elementos informativos mínimos, que indiquem suficientemente a realidade de ilícito penal, justificadora da deflagração da pretendida investigação”.

Ele apontou que não é possível deflagrar um processo criminal por meio de uma notícia-crime, pois a abertura da investigação neste caso depende de uma denúncia do Ministério Público.

“Evidente, portanto, a ausência de capacidade postulatória do noticiante [Falcão], uma vez que a opção pela representação criminal deve ser formulada perante a autoridade policial ou o Ministério Público, e não diretamente ao órgão judicial eventualmente responsável pelo julgamento do noticiado”, disse o procurador-geral.

O petista pediu a imposição de uma série de restrições ao governador, como proibição de ausentar-se do território nacional sem autorização do STF; entrega de passaportes; e proibição de manter contato com alvos da ação sobre a suposta trama golpista e do inquérito que investiga a atuação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos Estados Unidos contra autoridades brasileiras.

“Inegável, além disso, a flagrante ilegitimidade ativa do requerente para requerer judicialmente medidas cautelares”, disse Gonet.

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