O Palácio do Planalto destinou R$ 6,8 milhões a pesquisas de opinião pública para avaliar a imagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desde março de 2023, de acordo com dados oficiais do Portal da Transparência. Os recursos foram gastos com o Instituto de Pesquisa de Reputação e Imagem (Ipri), que apontou resultados favoráveis ao governo na comparação com levantamentos similares divulgados por outras empresas.
Segundo a apuração, divulgada pelo site Poder 360 nesta sexta (8), o Ipri é ligado à FSB Comunicação, uma importante prestadora de serviços para o governo Lula que recebeu, além dos R$ 6,8 milhões para as pesquisas, um total de R$ 22,6 milhões em 2023 e 2024 por consultoria, relações públicas e assessoria.
O contrato da Secom com a FSB totaliza R$ 75 milhões, vigente desde 1º de abril de 2022 até 1º de abril de 2024. Embora os contratos sejam realizados por licitação, os gastos são discricionários.
Já o contrato específico do Ipri com a Secom é de R$ 11,9 milhões, iniciado em 31 de março de 2022 e válido até 31 de março de 2024, segundo a apuração. O instituto também possui contratos com o Fundo Nacional da Saúde e o Ministério das Comunicações, totalizando R$ 10,2 milhões recebidos do governo federal entre 2022 e 2023.
A pesquisa mais recente do Ipri revelou que 62% dos brasileiros avaliaram positivamente o governo petista, com 29% desaprovando e 9% não souberam dizer ou responder, segundo citou o site. Realizada entre 6 e 30 de janeiro de 2024, a pesquisa contou com 21.515 entrevistas domiciliares em todas as unidades federativas. A margem de erro foi de 1,3 ponto percentual para mais ou para menos, com intervalo de confiança de 95%.
O Planalto não divulga a íntegra das pesquisas encomendadas, mas afirma que são documentos preparatórios para políticas públicas. A Gazeta do Povo entrou em contato com a Secom questionando a não divulgação e aguarda retorno.
Em contraste com outras pesquisas recentes, a aprovação do presidente Lula apresentou variação. Enquanto o Ipri indicou uma avaliação positiva maior, estudos da AtlasIntel e Genial/Quaest apontaram quedas na aprovação do presidente.
A pesquisa da AtlasIntel mostrou uma redução para 47% na aprovação e aumento para 46% na reprovação. Já a Genial/Quaest registrou uma aprovação de 51% e desaprovação de 46%.
Ex-desembargador afirma que Brasil pode “se transformar num narcoestado”
Contra “sentença” de precariedade, estados do Sul buscam protagonismo em negociação sobre ferrovia
Câmara de São Paulo aprova privatização da Sabesp com apoio da base aliada de Nunes
Lula afaga o MST e agro reage no Congresso; ouça o podcast
Deixe sua opinião