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Funeral de um membro do Hezbollah no Líbano; bandeiras mostram símbolo reconhecido por suspeito interrogado pela PF no Brasil.
Militantes do Hezbollah no Líbano: símbolo do grupo terrorista foi reconhecido por suspeito interrogado pela PF.| Foto: Wael Hamzeh/EFE/EPA

O sexto alvo da Operação Trapiche, um suspeito que passou por mandado de busca e apreensão em Goiás na sexta-feira (10), revelou à Polícia Federal que esteve frente a frente com o chefe do Hezbollah no Líbano e que foi questionado pelo líder da organização terrorista se tinha capacidade para matar pessoas.

O teor do depoimento contém detalhes da viagem do suspeito de envolvimento com o grupo terrorista, segundo informações divulgadas pelo Jornal Nacional. Ele teria revelado que o trabalho proposto pelo Hezbollah era “matar desafetos”.

O suspeito contou detalhes sobre como chegou em Beirute e a forma como foi levado para encontrar o chefe da organização, escoltado por homens fortemente armados. Entre as recompensas oferecidas pelo Hezbollah estaria o pagamento inicial de uma quantia de US$ 200 milhões e um prêmio adicional de US$ 500 milhões.

O homem reconheceu ter visto o símbolo do grupo terrorista nas roupas de algumas pessoas com quem teve contato e afirmou que a conclusão dos terroristas foi de que ele poderia ser direcionado a organizar estruturas, recrutar pessoas e fazer organização logística, enquanto outros membros do grupo executariam os alvos, informou ainda o JN.

O suspeito já foi preso três vezes anteriormente no Brasil, enfrentando acusações de receptação em dois processos, sendo absolvido em um caso de sequestro. Após a oitiva ele foi liberado. As informações fornecidas são coincidentes com as de outro suspeito interrogado na última semana pela PF, quando duas pessoas foram presas em decorrência da operação.

Desde a última quarta-feira (8) a Polícia Federal executa mandados relacionados à investigação sobre o recrutamento de brasileiros pelo Hezbollah para a prática de atos terroristas no Brasil.

Até o momento foram executados 12 mandados de busca e apreensão em Minas Gerais, São Paulo, Goiás e no Distrito Federal e duas prisões em São Paulo. O objetivo dos terroristas seria era promover atentados contra edifícios da comunidade judaica no Brasil, como sinagogas e outras estruturas.

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