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Em imagem de julho deste ano, Jean Wyllys aparece ao lado de Lula e Paulo Pimenta, quando o ex-deputado era cotado para assumir um cargo na Secom.
Em imagem de julho deste ano, Jean Wyllys aparece ao lado de Lula e Paulo Pimenta, quando o ex-deputado era cotado para assumir um cargo na Secom.| Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República.

O ex-deputado Jean Wyllys (PT) acusou o ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom), Paulo Pimenta, de sabotagem. Wyllys considera que Pimenta usou sua postagem com críticas ao governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), para que o ex-parlamentar fosse considerado “tóxico” e “radioativo” ao governo Lula. Ele disse que foi convidado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para assumir um cargo na Secom, assim que retornou ao Brasil.

“Ele [Pimenta] fez um processo de sabotagem em relação a minha ida para o governo. Ele utilizou o tuíte que eu fiz sobre o Eduardo Leite para isso”, apontou em entrevista ao podcast Bee40tona, no último dia 7. Em julho, o ex-deputado criticou a manutenção do programa de escolas cívico-militares anunciado por Leite. “Que governadores heteros de direita e extrema-direita fizessem isso já era esperado. Mas de um gay…? Se bem que gays com homofobia internalizada em geral desenvolvem libido e fetiches em relação ao autoritarismo e aos uniformes; se for branco e rico então…”, publicou Jean Wyllys à época.

“O Paulo Pimenta já estava preocupado com a ideia de que eu, voltando para o Brasil, iria para a Secom”, afirmou o ex-parlamentar ao podcast. Wyllys ressaltou que disse para o ministro e para o presidente que não queria estar “na linha de frente”, principalmente após ter sofrido ameaças durante seu mandato.

“Eu acho que o Paulo Pimenta não acreditou nisso, que eu queria ficar na retaguarda, pelo meu tamanho – que as vezes eu mesmo duvido do tamanho que eu tenho – ele [Pimenta] se sentiu ameaçado, ele fez um processo de sabotagem em relação a minha ida para o governo. Ele utilizou o tuíte que eu fiz sobre o Eduardo Leite para isso”, acrescentou.

Durante a entrevista, Jean Wyllys ressaltou que Pimenta é o responsável pela distribuição da verba do governo para veículos de comunicação e alegou que a Secom teria orientado a “defenestração” de sua imagem na imprensa. “Ele nem precisa pedir, o simples fato de as pessoas saberem que ele é o responsável por essa distribuição já leva as pessoas a aderirem a causa dele, sem que ele peça”, disse o ex-deputado se referindo a colunistas de jornais.

“Todos os colunistas me defenestraram durante uma semana e era evidente que havia ali uma orientação da Secom para isso, que era parecer que eu era tóxico, que eu era radioativo para o governo, porque eu havia criticado Eduardo Leite”, afirmou. “Paulo Pimenta fez esse trabalho de defenestração da minha imagem de maneira sórdida… Paulo Pimenta é um mau caráter, essa é a verdade”, disse o ex-deputado.

O deputado estadual de São Paulo Gil Diniz (PL) afirmou que irá acionar o Ministério Público Federal (MPF) sobre a acusação feita por Wyllys contra o ministro. “Estou solicitando ao Ministério Público Federal que investigue a denúncia gravíssima que Jean Wyllys faz sobre o chefe da Secom, Paulo Pimenta. Segundo o ex-BBB, Paulo Pimenta usou recursos públicos para promover sua ‘defenestração’ na grande mídia, pelo fato de Pimenta se sentir ameaçado. Jean Wyllys denuncia o Gabinete do Ódio petista dentro da Secom!”, disse o deputado estadual nas redes sociais.

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