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O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), confirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já decidiu indicar o advogado-geral da União, Jorge Messias, para o Supremo Tribunal Federal (STF), contrariando o desejo do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).
Segundo Wagner, Alcolumbre se reuniu com Lula no Palácio do Planalto para defender a indicação do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) ao cargo deixado por Luís Roberto Barroso.
“Ele [Lula] teve uma conversa ontem com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre. Não participei da conversa, mas não tenho dúvidas de que o presidente do Senado foi defender o ponto de vista dele, da indicação do ex-presidente do Senado, o nosso amigo Rodrigo Pacheco”, afirmou Wagner em entrevista à CNN Brasil nesta terça (21).
Apesar da pressão, Wagner garantiu que Lula já tem “convicção formada” sobre o nome de Messias, que conta com a confiança pessoal do presidente e tem sido um dos principais defensores jurídicos do governo desde o início do mandato.
“Hoje estive com o presidente e ele disse mais ou menos o que você antecipou: ele achou que não ficava bem indicar um nome para o Supremo e viajar por uma semana, ainda mais com a perspectiva de uma conversa com o presidente americano”, explicou o líder governista.
Mais cedo, Wagner confirmou a reunião de Lula com Alcolumbre em entrevista ao site Metrópoles.
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A decisão de adiar o anúncio, inicialmente previsto para esta semana, foi justificada por Wagner como parte das articulações políticas finais. O senador ressaltou que o presidente quer garantir apoio suficiente para a aprovação da indicação no Senado, onde Alcolumbre exerce forte influência sobre as sabatinas de indicados a tribunais superiores.
“Entendo que ele não ter anunciado é porque entende que faltam algumas conversas ainda a serem feitas para azeitar as indicações. Mas, pelo que eu senti da conversa, ele já tem uma convicção formada em torno do AGU”, completou.
Com o adiamento, Lula deve oficializar a escolha de Jorge Messias somente após retornar da viagem à Malásia, prevista para a próxima semana. O gesto é interpretado como uma tentativa de evitar ruídos políticos durante o período em que estará fora do país.
Procurada, a assessoria de Alcolumbre preferiu não comentar o encontro com Lula.
