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Ministro ou ministra?

Lobby feminista coloca 13 nomes na mesa de Lula para vaga no STF

Identitarismo na justiça: Cármen Lúcia, em sessão do STF na última quinta-feira (9). A ministra é a única mulher no STF, mas o lobby feminista pressiona por mais um nome, na vaga deixada por Barroso.
Identitarismo na justiça: Cármen Lúcia, em sessão do STF na última quinta-feira (9). A ministra é a única mulher no STF, mas o lobby feminista pressiona por mais um nome, na vaga deixada por Barroso. (Foto: Gustavo Moreno/STF)

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Logo após o anúncio de Luís Roberto Barroso de que deixará o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal, diversos nomes começaram a surgir. Nas ocasiões em que Cristiano Zanin e Flávio Dino conseguiram a nomeação, houve pressão de grupos identitários para que o presidente Lula (PT) indicasse uma mulher ao cargo. Agora, esse lobby ressurge.

O presidente da Seccional de São Paulo da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP), Leonardo Sica, diz que considera "inadmissível" que a atual composição da Corte conte com apenas uma mulher. Ele diz que a OAB-SP defenderá publicamente a pauta.

Mas não foi apenas na declaração de Sica que Lula viu a pressão e os nomes em sua mesa aumentarem. Entre as principais instituições envolvidas na articulação, estão o Fórum Justiça, a Plataforma Justa e a organização Themis Gênero e Justiça.

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Os três mais citados, porém, são homens: o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o advogado-geral da União, Jorge Messias, e o ministro do Tribunal de Contas da União, Bruno Dantas. Ampliando a lista, surgem duas mulheres: Maria Elizabeth Rocha e Daniela Teixeira. Maria Elizabeth é presidente do Superior Tribunal Militar (STM). Já Daniela é ministra do Superior Tribunal de Justiça, além de ex-integrante do grupo prerrogativas.

Além de Maria Elizabeth e Daniela, os grupos ainda sugerem:

  • a juíza Adriana Cruz, ex-secretária nacional do Conselho Nacional de Justiça;
  • a advogada Dora Cavalcanti, integrante do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDESS);
  • a ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Edilene Lobo;
  • a juíza auxiliar do STF Flávia Carvalho;
  • a juíza Karen Luise, integrante do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP);
  • a secretária nacional de Diálogos Sociais e Articulação de Políticas Públicas, Kenarik Boujikian;
  • a promotora de justiça Lívia Sant'Anna Vaz;
  • a defensora pública Lívia Casseres, coordenadora geral de Justiça Étnico Racial da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas e Gestão de Ativos (Senad);
  • a defensora pública Monica de Melo;
  • a secretária nacional de Acesso à Justiça Sheila de Carvalho;
  • a ministra substituta do TSE Vera Lúcia Araújo;

Embora haja essa profusão de nomes, apenas Daniela Teixeira e Maria Elizabeth Rocha seguem dentre os principais cotados. Maria Elizabeth, contudo, possui 65 anos. Com isso, sua possível indicação daria a Lula a influência sob a cadeira de Barroso por apenas mais 10 anos. Nesse sentido, ou seja, olhando para a idade, quem sai à frente é Jorge Messias. Aos 45 anos, ele teria mais 30 para exercer a magistratura, aposentando-se apenas em 2055.

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