O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deu sobrevida à ministra do Esporte, Ana Moser, permanecer no comando da pasta pelo menos até o final do mês ao escalá-la para representar o governo brasileiro durante a Copa do Mundo Feminina de Futebol, a partir do dia 20 de julho na Austrália.
Em uma reunião na tarde desta terça (11), Lula pediu a Moser que leve a candidatura do Brasil como sede dos jogos em 2027, disputando o torneio com a trinca Holanda, Alemanha e Bélgica e com a dupla Estados Unidos e México.
A escalação de Moser para representar o Brasil na reunião que vai definir a sede do torneio e no acompanhamento dos jogos ocorre em meio a uma disputa pelo ministério por partidos do centrão, que buscam aumentar a participação na Esplanada em troca de votos no Congresso.
Logo após a reunião com Lula, Moser confirmou a jornalistas que há uma discussão “política” em andamento, mas que esse assunto não teria sido tratado no encontro, que teve também a participação dos ministros Paulo Pimenta, da Secom, e Rui Costa, da Casa Civil.
“Faz parte de vários setores da sociedade esse tipo de pressão, lógico que temos uma visibilidade grande. O que nos cabe é continuar trabalhando. Decisões têm lugar para acontecer e o que nos cabe é continuar trabalhando”, disse.
O Esporte passou a ser mirado pelas legendas após Lula garantir que não vai tirar Nísia Trindade da Saúde. A pasta de Moser vem sendo reivindicada, nos bastidores, pelo Republicanos, que pretende emplacar o deputado Silvio Costa Filho (CE).
A pasta de Moser passou a ser vista como estratégica por conta da futura regulamentação das apostas esportivas, que está em tramitação no Congresso. Os partidos acreditam que a aprovação de uma nova legislação pode fazer o orçamento do ministério disparar.
A Receita Federal estimou, em maio, que a arrecadação pode ser R$ 12 bilhões a R$ 15 bilhões com a tributação de apostas online. Destes, segundo o projeto do governo, 1% será destinado ao ministério.
No último final de semana, parlamentares do Psol Erika Hilton (SP), Ivan Valente (SP) e Talíria Petrone (RJ), além do petista Valmir Assunção (BA), levantaram a hashtag #FicaAnaMoser nas redes sociais, em protesto contra a possibilidade de troca no ministério. "Pelo esporte amplo e democrático", postaram com críticas ao centrão.
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