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Lula
Banhistas que estavam em uma praia do rio Tapajós (PA) foram expulsos para uma visita de Lula neste final de semana.| Foto: Ricardo Stuckert/Secom

Banhistas que aproveitavam a manhã de domingo (6) na praia do Araria, no rio Tapajós (PA), alegam ter sido expulsos do local por agentes da Polícia Federal e barcos da Marinha para acomodar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e sua comitiva. Vídeos publicados nas redes sociais mostram o momento da abordagem e a chegada das embarcações de segurança.

Segundo relatos dos banhistas, cerca de sete embarcações, cada uma com aproximadamente 20 famílias, estavam na praia do Araria quando foram abordadas pelas autoridades. Neemias Costa, afirmou que a abordagem ocorreu por volta das 10h, após sua chegada à praia, quando já havia obtido autorização da Capitania Fluvial de Santarém para a realização do passeio.

“Fizemos os procedimentos de passar pela Capitania Fluvial de Santarém e foi liberado o nosso barco para passeio. Quando foi umas 10h, chegou uma lancha da Capitania e outra com policiais federais. Eles pediram para a gente se retirar da praia, porque o barco do presidente ia ancorar lá. Ficamos chateados com isso, estávamos no nosso lazer e havia autorização”, disse à Folha de São Paulo.

A controvérsia em torno da ação de retirar os banhistas da praia tem gerado discussões sobre os procedimentos de segurança em torno da visita presidencial. A repercussão nas redes sociais também chamou atenção para a situação, que levantou questionamentos sobre o equilíbrio entre a segurança do presidente e os direitos dos cidadãos locais ao usufruir de espaços públicos.

Outros banhistas confirmaram a versão e também relataram terem sido expulsos do local pela Marinha, apesar de recebido informações prévias sobre a possibilidade de frequentar a praia.

Gleide Lucinha Castro, moradora de Santarém, disse que nunca passou por situação semelhante nas outras vezes em que visitou a mesma praia. O auxiliar de produção Fábio Monteiro também confirmou a abordagem dos militares e a posterior expulsão dos banhistas.

“A gente já tinha afixado nossas redes nas árvores quando o pessoal da Marinha chegou e falou que estava interditado, que era para todos nós sairmos de lá”, disse a doméstica Adriane dos Santos, que também estava na praia e precisou sair.

Procurada, a Presidência da República não se manifestou sobre o incidente. A Marinha, por sua vez, informou que está apurando os fatos e trabalhando para esclarecer a situação.

O presidente Lula está em visita à região de Alter do Chão e tem sido acompanhado por agentes da Polícia Federal e da Marinha durante o passeio. Nesta segunda-feira (7), ele vai participar de um evento em Santarém, às 11h, e depois segue para Belém, onde participará da Cúpula da Amazônia que inicia oficialmente na terça (8).

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