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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) minimizou o tumulto envolvendo o deputado Glauber Braga (PSOL-RJ), na Câmara dos Deputados na terça (9), e afirmou que a confusão não passa de um episódio comum em democracias. O parlamentar foi retirado à força do plenário durante um protesto contra o próprio processo de cassação.
Glauber Braga se sentou na cadeira do presidente Hugo Motta (Republicanos-PB) contra o processo e foi retirado pela Polícia Legislativa em meio ao corte da transmissão ao vivo da TV Câmara e a expulsão de jornalistas do plenário.
“Estou muito tranquilo com o que está acontecendo no Brasil. Essa desavença da Câmara é própria da democracia, a gente estava desabituado a isso. Esse país está mudando para melhor, pode ter certeza”, afirmou Lula nesta quarta (10) durante um evento para o anúncio de investimentos do Novo PAC no Palácio do Planalto.
Nos corredores da Câmara dos Deputados, o tumulto continuou com empurra-empurra entre jornalistas, agentes e deputados, e Glauber acabou passando por exame de corpo de delito após a retirada. Pouco depois, ele registrou um boletim de ocorrência na polícia contra Hugo Motta por supostamente ter ordenado o uso da Polícia Legislativa.
“[O boletim] é contra a instituição, contra quem ordenou a ação da polícia legislativa. Mais especificamente, melhor dizendo, contra o presidente da Câmara dos Deputados pela ordem que deu à Polícia Legislativa. A ordem partiu dele, a polícia quando chega lá, ela é evidente em dizer: a ordem é essa”, afirmou a jornalistas.
Para o parlamentar, a ordem “foi de um desequilibrado” e que “as ações do presidente da Câmara, elas falam por si, nem precisa comentar”.
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Glauber Braga ainda disparou que sentiu a cabeça “a prêmio” para a oposição, em meio a uma “ofensiva golpista” entre Motta e os aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Ele [Hugo] está dando prêmio, exatamente o que aquela turma pediu. Agora, ele quer também que um dos prêmios seja minha cabeça numa bandeja”, completou.
Durante a confusão, políticos de esquerda criticaram a condução da Polícia Legislativa e compararam as cenas como violentas, autoritarismo e semelhantes ao visto no período da ditadura militar.








