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O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Em nota publicada na manhã desta quarta-feira (11), o presidente Lula (PT) fez um apelo ao secretário-geral da ONU e à comunidade internacional para que seja feito um esforço conjunto pela libertação dos reféns sequestrados pelo Hamas, bem como o cessar-fogo de Israel.

Sem classificar o Hamas como facção terrorista, o presidente disse que “crianças jamais poderiam ser feitas de reféns” e que é preciso “lançar mão de todos os recursos para pôr fim à mais grave violação aos direitos humanos no conflito no Oriente Médio".

O Brasil ocupa a presidência provisória do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) durante este mês de outubro.

Veja a nota na íntegra:

Quero fazer um apelo ao secretário-geral da ONU, António Guterres, e à comunidade internacional para que, juntos e com urgência, lancemos mão de todos os recursos para pôr fim à mais grave violação aos direitos humanos no conflito no Oriente Médio.

Crianças jamais poderiam ser feitas de reféns, não importa em que lugar do mundo. É preciso que o Hamas liberte as crianças israelenses que foram sequestradas de suas famílias.

É preciso que Israel cesse o bombardeio para que as crianças palestinas e suas mães deixem a Faixa de Gaza através da fronteira com o Egito. É preciso que haja um mínimo de humanidade na insanidade da guerra. É urgente uma intervenção humanitária internacional. É urgente um cessar fogo em defesa das crianças israelenses e palestinas.

O Brasil, na presidência provisória do Conselho de Segurança da ONU, se juntará aos esforços para que cesse de imediato e em definitivo o conflito. E continuará trabalhando pela promoção da paz e em defesa dos direitos humanos no mundo.

Seguindo a linha diplomática adotada pelo Brasil, na última terça-feira (10), o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), disse que o Conselho de Segurança da ONU deveria ir “muito além de uma declaração” e proclamar o cessar-fogo imediato do conflito.

Desde o início dos ataques a Israel, no último fim de semana, o governo brasileiro tem evitado classificar o Hamas como terrorista sob a justificativa de manter a “neutralidade” do país em relação a conflitos internacionais.

Outro fator que tem chamado atenção é que enquanto o governo diz estar empenhado em apaziguar o conflito, figuras da extrema-esquerda e da base do governo tentam equiparar as responsabilidades dos dois lados envolvidos na guerra. Esquerdistas têm, inclusive, usado as redes sociais para proclamar publicamente o apoio ao terrorismo do Hamas.

Nesta terça-feira (10), o próprio presidente Lula e o Itamaraty foram duramente criticados nas redes sociais por tratar o assassinato do brasileiro Ranani Nidejelski Glazer como “falecimento”. Ranani é um dos brasileiros mortos pelo grupo terrorista Hamas durante os ataques a Israel.

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