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O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, recebe o presidente da Argentina, Alberto Fernández, nesta terça-feira (2).
O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, recebe o presidente da Argentina, Alberto Fernández, nesta terça-feira (2).| Foto: EFE/Juan Ignacio Roncoroni

A liberação de crédito para financiar as exportações do Brasil à Argentina deve ser a pauta principal da reunião que acontece nesta terça-feira (2) entre os presidentes dos dois países. Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e sua equipe econômica recebem Alberto Fernández, no Palácio do Planalto. O encontro foi acertado diretamente pelos dois chefes de estado em conversa telefônica na última quinta-feira (27).

A informação sobre a linha de crédito foi dada pelo secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, em entrevista à GloboNews. Ele explicou que o tema vem sendo discutido já há algum tempo. A proposta é financiar as empresas brasileiras que vendem para a Argentina devido à escassez de divisas do país vizinho.

Galípolo destacou o mercado argentino como importante para o Brasil, especialmente nas negociações de produtos industrializados que têm elevado valor agregado. São cerca de 210 empresas brasileiras que mantêm relações comerciais com os argentinos, informou.

Galípolo disse que a falta de um mecanismo de financiamento das exportações brasileiras e importações argentinas resultou numa perda de US$ 6 bilhões na balança comercial entre os dois países nos últimos cinco anos. O valor, de acordo com ele, foi direcionado para a China, que tem viabilizado financiamento.

Em visita ao Brasil em março, uma equipe de representantes do governo da Argentina solicitou ajuda para financiar o pagamento das exportações brasileiras para o mercado argentino. A resposta pode vir no encontro desta terça-feira.

Nos primeiros dois meses do ano, as exportações brasileiras para a Argentina aumentaram quase 20% em comparação ao mesmo período do ano passado. Conforme declarou o secretário, os exportadores brasileiros se queixam pela demora em receber.

"É importante afirmar que essas linhas de exportação são financiamentos que pagam diretamente às empresas brasileiras", esclareceu Galípolo. Para ele, o risco é menor que um financiamento tradicional porque a demanda pelos produtos dela existe.

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