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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conversou por telefone, de forma sigilosa, com o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, na semana passada. Os dois trataram sobre o aumento da tensão na região com a escalada das ações militares dos Estados Unidos. O petista falou com o presidente americano, Donald Trump, na mesma semana.
O Palácio do Planalto emitiu uma nota oficial sobre o contato com Trump, mas não divulgou a ligação para Maduro. A informação foi revelada pelo blog de Janaína Figueiredo, no jornal O Globo. O chefe do Executivo não conversava com Maduro desde a eleição venezuelana, na qual o ditador foi acusado de fraude.
Segundo a reportagem, está foi a primeira conversa “amistosa” entre os dois em muito tempo. O objetivo da conversa seria retomar o diálogo com o regime chavista. Lula teria demonstrado preocupação com o avanço militar dos EUA e reforçado que está disposto a ajudar a desescalar a situação.
Trump anunciou nesta quarta-feira (10) que seu país interceptou e confiscou um petroleiro na costa da Venezuela. Um dia antes, o republicano disse, em entrevista ao portal americano Politico, que os dias no poder do ditador "estão contados" e não descartou uma possível invasão terrestre.
Durante uma manifestação em Caracas, Maduro exigiu dos EUA "o fim do intervencionismo ilegal e brutal". "Da Venezuela exigimos: chega de políticas de mudança de regime, de golpes de Estado e de invasões no mundo", disse o líder chavista nesta quarta.
Além disso, o regime chavista cobrou "apoio" de Brasil, México e Colômbia diante da pressão militar dos EUA, que mantêm neste momento uma mobilização aeronaval no mar do Caribe, próximo da costa venezuelana. (Com Agência EFE)
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