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Investigação

Mendes manda PF enviar ao STF investigação de desvio de emendas no CE

STF
A decisão mantém sob análise o suposto envolvimento do deputado federal Júnior Mano (PSB), que nega qualquer irregularidade. (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Bras)

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O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta sexta (14) que a Polícia Federal encaminhe à Corte a investigação sobre supostos desvios de emendas parlamentares em prefeituras do Ceará. A autoridade terá até 15 dias para apresentar um relatório parcial da apuração, especificando as provas colhidas até o momento e as diligências pendentes.

Mendes acompanhou um parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR) que concluiu pela manutenção da competência do STF “em razão do estado atual da investigação e do risco de prejuízo à compreensão global das condutas em caso de desmembramento do inquérito”, segundo disse a Corte em nota.

A decisão mantém sob análise o suposto envolvimento do deputado federal Júnior Mano (PSB), que nega qualquer irregularidade.

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A Procuradoria-Geral da República (PGR) defendeu a manutenção do inquérito no STF, argumentando que um desmembramento poderia comprometer o entendimento global do esquema e dificultar as investigações.

A investigação começou na Superintendência da PF no Ceará após denúncia da ex-prefeita de Canindé, Rozário Ximenes (Republicanos), que afirmou que o esquema teria atingido pelo menos 51 municípios.

O principal operador das fraudes seria Carlos Alberto Queiroz Pereira, conhecido como Bebeto do Choró (PSB), atualmente foragido. Ele teria atuado na captação de gestores municipais interessados em receber emendas de Júnior Mano em troca de uma comissão.

Diante de indícios de participação do parlamentar, a PF solicitou a transferência do caso ao STF. Segundo os investigadores, há evidências do “envolvimento direto” de Júnior Mano nos desvios para “alimentar o esquema (de compra de votos) e consolidar sua base de apoio político”.

Júnior Mano, que desponta como possível candidato ao Senado em 2026, ainda não se pronunciou oficialmente sobre a decisão.

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