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Entrevista

Michelle diz acreditar que “gente grande” esteve por trás de atentado contra Bolsonaro

Michelle diz não acreditar que atentado contra Bolsonaro foi ato de lobo solitário. (Foto: Reprodução canal Silas Malafaia no YouTube)

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Durante uma entrevista ao jornalista Alexandre Garcia na sexta-feira (7), a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) disse acreditar que muita "gente grande" esteve por trás do atentado a faca contra seu marido, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em 2018. Ela também mencionou a ideia de uma “justiça celestial” em relação ao ataque.

O ex-presidente foi esfaqueado em 6 de setembro de 2018, durante um ato de campanha em Juiz de Fora (MG). O autor do ataque, Adélio Bispo de Oliveira, foi preso em flagrante. “Ele não é um lobo solitário, tem muita gente grande por trás, mas como uma filha de Deus, temente a Deus, eu creio na justiça celestial. Nessa terra não tem como você plantar limão e colher um moranguinho doce. A gente tem a lei da colheita”, disse.

Assim, Michelle Bolsonaro afirmou não acreditar que Adélio Bispo agiu sozinho no atentado, em uma declaração que vai ao encontro do que defendem aliados de Bolsonaro, que sugerem a existência de um mandante por trás do crime que quase tirou a vida do ex-presidente.

Ela deu detalhes de como ficou sabendo que Bolsonaro havia sido atacado. Disse estar no Rio de Janeiro quando a informação sobre a facada chegou, primeiro por um funcionário dando conta que se tratava apenas de um corte e que ele havia levado pontos, mas na sequência o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente, a comunicou que havia sido algo mais grave. “No meu interior estava tudo bem, até então, eu não tinha a noção da real gravidade (...) eu não imagina que iria encontrar o meu marido daquela forma”.

Michelle relatou ainda que, quando foi levada até Bolsonaro, em Minas Gerais horas após o ocorrido, o encontrou irreconhecível e que aquilo foi um “baque forte”. “Ele realmente estava transfigurado, uma cor [estranha] porque perdeu muito sangue em uma hemorragia interna, quase dois litros de sangue (...) ele olhou pra mim com muita dificuldade para falar e disse “Mi, olha o que fizeram comigo”, e a lágrima escorrendo. Passei a mão na cabeça, dei um beijo na testa dele e eu olhei para o teto do hospital e fiz uma oração”, relatou na entrevista.

Michelle Bolsonaro disse ainda que os médicos haviam dito a ela que haviam feito tudo o que estava ao alcance deles e que naquele momento era “somente Deus”.

“Eu falei para Deus, se for para a morte, glória a Deus e se for para a vida louvado seja o teu nome (...) naquele momento recebi uma anestesia, foi algo sobrenatural, eu tive uma força que não esperava”, contou ao descrever que nos 20 dias seguintes ficou com uma mochila nas costas dentro do hospital aguardando a recuperação de Bolsonaro.

Além do atentado, a entrevista abordou aspectos pessoais da vida da ex-primeira-dama e sua convivência com Bolsonaro durante o período antes do processo eleitoral e no período em que esteve no Palácio do Planalto. Alexandre Garcia e Michelle Bolsonaro não falaram sobre a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) no inquérito que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado em 2022.

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