
Ouça este conteúdo
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou nesta sexta-feira (25) que Fernando Collor foi “vítima de mais um ato de ódio” do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Ele foi preso nesta madrugada pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro por ordem do ministro, que rejeitou os recursos da defesa por considerá-los “meramente protelatórios”.
“O ex-presidente Collor foi vítima de mais um ato de ódio de Alexandre de Moraes contra Bolsonaro”, disse o senador no X. Collor era aliado de Bolsonaro e se aproximou dele, principalmente ao longo de 2022, quando disputou o governo de Alagoas, mas não se elegeu.
A ordem de prisão passava pelo referendo da Corte no plenário virtual, mas um pedido de destaque do decano Gilmar Mendes interrompeu o julgamento, que será retomado no plenário físico, onde os ministros poderão discutir o tema.
Flávio considera que Moraes “cerceou ilegalmente a defesa” de Collor ao rejeitar o último recurso de forma monocrática e pretende agir da mesma forma com Bolsonaro, que é réu por suposta tentativa de golpe de Estado em 2022.
“Ao negar monocraticamente o segundo embargos da defesa de Collor, alegando sê-lo ‘protelatório’ (o que não é o caso), Alexandre cerceia ilegalmente a defesa e mostra exatamente como pretende fazer quando Bolsonaro for recorrer da decisão que o condenará (jogo de cartas marcadas)”, disse o filho do ex-presidente.
Para o senador, o ministro “converte o alto significado do Estado Democrático de Direito em uma promessa frustrada pela prática autoritária de poder”.
Collor foi condenado pelo STF em um desdobramento da Operação Lava Jato, em maio de 2023. Segundo a investigação, ele recebeu R$ 20 milhões para viabilizar irregularmente contratos da BR Distribuidora, antiga subsidiária da Petrobras, com a UTC Engenharia, entre 2010 e 2014.
A Primeira Turma do STF tornou réus Bolsonaro e outros 7 acusados do chamado "núcleo crucial" da suposta trama golpista no dia 26 de março. Com isso, uma ação penal foi aberta na Corte e o ex-presidente foi intimado oficialmente da decisão na terça-feira (22). A partir da notificação, a defesa terá um prazo para contestar o julgamento que o tornou réu.
VEJA TAMBÉM:




