O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, foi supostamente hostilizado nesta sexta-feira (14) no aeroporto internacional de Roma, na Itália, por um grupo de três brasileiros – dois homens e uma mulher. O ministro, que estava com familiares e retornava de uma palestra na Universidade de Siena, teria sido xingado, e um dos seus filhos, ao tentar intervir, teria levado um tapa de um dos protestantes.
A Polícia Federal instaurou um inquérito e o procurador-geral Augusto Aras disso que o Ministério Público Federal vai tomar as medidas cabíveis. Mas ainda não está claro como as autoridades brasileiras tomaram conhecimento do caso. Moraes não se manifestou publicamente e um dos três suspeitos que já foi ouvido negou as agressões.
A Polícia Federal (PF) identificou os autores das hostilizações, que desembarcaram na manhã deste sábado (15) no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. Eles responderão em liberdade a um inquérito por crimes contra honra e ameaça, possivelmente sob a relatoria de Moraes. Uma mulher teria xingado o ministro de “bandido, comunista e comprado”, segundo informações do jornal O Globo.
Um dos suspeitos é o empresário Roberto Mantovani Filho, que teria dado um tapa no filho de Moraes, que teria tomado as dores do pai. Ele disse ao jornal Folha de S.Paulo que viu o ministro, mas não teria dirigido nenhuma palavra a ele.
À Gazeta do Povo Mantovani Filho disse que constituiu advogado para defesa de sua família e afirmou que em breve divulgaria uma nota sobre o ocorrido. Uma candidatura à prefeitura com o nome dele pelo Partido Liberal foi registrada em 2004, muito antes do ex-presidente Jair Bolsonaro entrar para a legenda.
O episódio ocorre em um momento em que uma parcela da população identifica no ministro a responsabilidade de uma série de excessos do STF, tais como controle à liberdade de expressão e prisões supostamente abusivas e orientadas politicamente.
Moraes tem conduzido uma série de processos contra críticos seus, e também é alvo de diversos questionamentos por alegadas inconstitucionalidades ao tomar medidas consideradas abusivas contra os investigados. O STF informou que não comentará sobre o caso.
Após a divulgação do episódio, o ministro da Justiça, Flávio Dino, comentou nas redes sociais sobre a violência contra agentes públicos. "Até quando essa gente extremista vai agredir agentes públicos, em locais públicos, mesmo quando acompanhados de suas famílias ? Comportamento criminoso de quem acha que pode fazer qualquer coisa por ter dinheiro no bolso. Querem ser “elite” mas não tem a educação mais elementar", disse Dino.
A PF identificou outras duas pessoas que, que seria parentes de Mantovani Filho e que também teriam hostilizado o ministro, informou o portal g1 e a TV Globo. São elas uma mulher identificada como Andreia e Alex Zanatta Bignotto.
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