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Sanções dos EUA

Motta manda ao Conselho de Ética pedidos de cassação de Eduardo Bolsonaro

Eduardo Bolsonaro
Presidente da Câmara tem criticado fortemente atuação de Eduardo nos EUA por sanções ao Brasil. (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), mandou para o Conselho de Ética nesta sexta (15) quatro pedidos de cassação do mandato do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-RJ). Os requerimentos foram feitos principalmente por partidos da base governista, entre eles o PT, por supostamente atuar contra o Brasil ao articular sanções junto ao governo dos Estados Unidos.

Segundo informações confirmadas à Gazeta do Povo pela assessoria de Motta, todos os pedidos que estavam para análise foram encaminhados. Um dos pedidos foi protocolado pelo líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (PT-RJ), alegando "abandono do mandato".

"Chegaram hoje 20 representações no Conselho de Ética, entre elas a do Eduardo Bolsonaro", disse o presidente do colegiado, deputado Fábio Schiochet (União-SC).

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Hugo Motta tem criticado fortemente a atuação de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos, classificando como “indefensável” e que “não podemos colocar o interesse pessoal, por mais válido que seja, acima do interesse do país”, afirmou em entrevista à GloboNews na quinta (14).

O deputado ainda frisou que não existe, no regimento da Câmara, a previsão de permitir a atuação parlamentar remotamente, que é uma alegação que Eduardo usará para tentar se manter no cargo. Para ele, o deputado estava ciente disso quando se licenciou do mandato para viajar aos Estados Unidos e que teria um prazo para retomar o trabalho.

“Ele sabia que era incompatível com o exercício parlamentar”, emendou.

Eduardo Bolsonaro está nos Estados Unidos desde meados de março para defender o pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), junto de autoridades norte-americanas no processo que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado, e que terá o julgamento iniciado no dia 2 de setembro.

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A articulação fez o Brasil ser alvo de diversas sanções impostas pelo governo do presidente Donald Trump, entre elas a taxação de 50% sobre os produtos exportados para lá e a aplicação da Lei Magnitsky ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Na última quarta (13), o deputado afirmou que Motta e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), também podem ser alvos de sanções caso não coloquem em votação pautas sensíveis da oposição, como a anistia ampla, geral e irrestrita aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023 – e que poderia beneficiar Bolsonaro.

Motta, no entanto, descartou a discussão e afirmou que não há clima para aprovação na Câmara. E Alcolumbre também já se disse contrário a pautar o pedido de impeachment contra Moraes no Senado.

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