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Crise do IOF

Motta diz que decisão de Moraes atende a “desejo” da Câmara e da sociedade para evitar aumento do IOF

Hugo Motta
Presidente da Câmara comemorou decisão de Moraes que confirmou suspensão do aumento do IOF. No entanto, decreto do Congresso também foi afetado. (Foto: Vinícius Loures/Câmara dos Deputados)

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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou nesta sexta (4) que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), atendeu a um desejo da maioria dos parlamentares e da sociedade para evitar o aumento do IOF.

Um pouco mais cedo, o magistrado determinou a suspensão dos efeitos dos decretos do governo que aumentariam a alíquota do imposto e do Projeto de Decreto Legislativo (PDL), aprovado pelo Congresso, que derrubou o ato presidencial. Para ele, ambos podem ter descumprido o que rege a Constituição.

“A decisão do ministro Alexandre de Moraes evita o aumento do IOF em sintonia com o desejo da maioria do plenário da Câmara dos Deputados e da sociedade. Continuamos abertos ao diálogo institucional, com respeito e serenidade, sempre em busca do equilíbrio das contas públicas e do crescimento sustentável da economia”, disse Motta em uma rede social.

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Motta entrou na mira da base mais aliada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e da militância de esquerda por supostamente ter descumprido um acordo feito com o governo ao pautar tanto a urgência para a tramitação do PDL como a votação em si do ato – aprovado por ampla maioria e que provocou uma das maiores derrotas do Executivo no Congresso.

Após ser derrotado pelos parlamentares, o governo entrou com uma ação no STF questionando a legitimidade do Congresso em derrubar um ato presidencial que teria prerrogativa constitucional. Moraes, no entanto, diz ter encontrado possíveis desvios de uso do imposto.

“Verifica-se que tanto os decretos presidenciais, por séria e fundada dúvida sobre eventual desvio de finalidade para sua edição, quanto o decreto legislativo, por incidir em decreto autônomo presidencial, aparentam distanciar-se dos pressupostos constitucionais exigidos para ambos os gêneros normativos”, escreveu o ministro.

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Moraes suspendeu a eficácia dos decretos tanto do governo como do Congresso e marcou uma audiência de conciliação para o dia 15 de julho, com a participação de representantes do Planalto, do Senado, da Câmara, da Procuradoria-Geral da República e da Advocacia-Geral da União (AGU).

“Após a realização da audiência de conciliação, será analisada a necessidade de manutenção da medida liminar concedida”, concluiu o ministro.

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