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Polarização

Motta diz que Lula está caminhando para sua quarta eleição

Motta diz que Lula está caminhando para sua quarta eleição
Motta afirmou que Lula está "em processo de reeleição" ao comentar sobre cenário político polarizado e as pressões enfrentadas na Câmara. (Foto: Marina Ramos/Câmara dos Deputados)

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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou nesta sexta-feira (26) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) “está caminhando para sua quarta eleição”. Motta fez a declaração ao comentar sobre o cenário político polarizado e as pressões enfrentadas na Câmara.

“Vivemos um Brasil polarizado desde a eleição de 2022. Temos, pela primeira vez, um presidente da República eleito três vezes desde a redemocratização já caminhando para sua quarta eleição, em processo de reeleição”, disse o presidente da Câmara durante o Brasil do Futuro promovido pela organização Comunitas, em São Paulo.

O deputado é do mesmo partido do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), considerado por parte da direita como o principal nome para substituir o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na disputa pela presidência em 2026. Tarcísio negou qualquer intenção de concorrer ao Planalto e reforçou que tentará a reeleição. Bolsonaro ainda não declarou publicamente quem apoiará no pleito do ano que vem.

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Motta relatou que o julgamento do ex-presidente no Supremo Tribunal Federal (STF), as sanções aplicadas pelos Estados Unidos contra autoridades e a taxação de produtos brasileiros também impactam os trabalhos na Casa Legislativa.

“Tudo isso faz com que o desafio na Câmara seja muito grande. Tudo que se discute acaba nesse debate da radicalização, da polarização, tomando espaço de momentos para estar discutindo outras pautas importantes”, afirmou.

A oposição pressiona Motta pela votação do projeto de lei da anistia a Bolsonaro e aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023. O presidente da Câmara escolheu como relator da proposta o deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), que já se declarou contra a anistia”ampla, geral e irrestrita”, defendida pelos aliados do ex-presidente.

Já o governo cobra a votação da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil e da PEC da Segurança Pública. A tramitação do projeto que pode reduzir as penas de Bolsonaro e outros condenados por suposta tentativa de golpe de Estado também impactam nas negociações para levar ao plenário as pautas do Executivo.

Motta ponderou que o papel do Congresso não é “derrotar” tudo o que o governo manda, mas melhorar a proposta. O deputado enfrentou um forte desgaste pela aprovação da proposta de emenda à Constituição (PEC 3/21) que restringia a abertura de processos criminais contra parlamentares à aprovação das Casas Legislativas. Durante a votação, ele disse ter pautado a proposta por ter “compromisso com a autonomia do mandato parlamentar”.

“Diante de muitas discussões, atropelos, de abusos que aconteceram contra colegas nossos em várias oportunidades, a Câmara tem a oportunidade de dizer se quer retomar o texto da Constituição de 1988 ou não. É um texto sem novidades, sem invencionismos, que garante o fortalecimento do mandato parlamentar. Não é uma pauta do governo ou da oposição”, afirmou no último dia 16.

Após a aprovação, a esquerda realizou manifestações contra a PEC da Imunidade e o avanço da anistia em várias capitais no domingo (21). Alguns deputados que votaram a favor da proposta chegaram a pedir desculpas aos seus eleitores. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), arquivou a matéria nesta quarta-feira (24) após a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) rejeitar o texto por unanimidade.

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