O filho 04 do ex-presidente Jair Bolsonaro, Jair Renan Bolsonaro, foi denunciado pelo Ministério Público Federal nesta quarta (20) por falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e uso de documentação falsa. Jair Renan é também pré-candidato a vereador na cidade de Balneário Camboriú (SC).
A denúncia foi apresentada pela regional do MP no Distrito Federal e Territórios (MPDFT) no âmbito das investigações de um empréstimo supostamente fraudulento de uma empresa de eventos e mídia. O processo corre em sigilo, mas teve as informação divulgadas pelos jornais O Globo e Folha de São Paulo.
O MPDFT afirmou que se manifestou apenas nos autos do processo e aguarda decisão judicial se aceita ou não a denúncia. A defesa de Jair Renan criticou o vazamento da informação e afirmou que prejudica a “presunção de inocência”.
“Esses vazamentos indevidos têm causado o chamado strepitus fori [exposição do investigado], muito prejudicial à defesa, ao devido processo, à presunção de inocência e, assim, à imagem de quem tem o direito de se defender. A sociedade perde o status de legalidade e humanidade com essa situação. Precisamos evoluir”, afirmou a defesa em uma nota à imprensa.
Além de Jair Renan, outras cinco pessoas estão incluídas na denúncia apresentada em fevereiro pela Polícia Civil do DF, entre elas Maciel Alves de Carvalho, ex-empresário e ex-professor de tiro do filho de Bolsonaro.
Segundo a Promotoria, foram apresentados números falsos que indicavam faturamento da empresa de Renan, a RB Eventos e Mídia, no valor de R$ 4,6 milhões entre 2021 e 2022, a uma instituição financeira para lastrear os empréstimos.
Três transações foram formalizadas em nome da RB, totalizando cerca de R$ 698 mil. Investigações apontam que parte desses valores teria sido utilizada para quitar faturas de cartões de crédito da empresa.
Os suspeitos teriam falsificado informações empresariais, incluindo o suposto aumento no faturamento da empresa, utilizando dados de contadores sem o consentimento destes profissionais. O esquema para viabilizar os empréstimos também envolveu a transferência de recursos por meio de contas laranjas, abertas em nome de pessoas fictícias.
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