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Mauro Vieira
Ministro Mauro Vieira diz que retirada de brasileiros em Gaza deve ocorrer através da fronteira com o Egito, mas sem data para o resgate.| Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

Sem a passagem aberta para cruzarem a fronteira do Egito, os brasileiros presos na Faixa de Gaza não têm previsão de quando vão deixar o enclave, informou o ministro das relações exteriores, Mauro Vieira. Há uma lista com 34 brasileiros que tentam ser repatriados desde o início da guerra entre Israel e Hamas, mas que ainda não foram autorizados a sair da zona de guerra.

"A situação em Gaza não me permite dizer se será hoje, ou amanhã, ou quando. É uma região conflagrada, e são inúmeras as questões que dificultam a abertura" disse Mauro Vieira. Em coletiva de imprensa no Palácio do Planalto nesta sexta (10), o chanceler brasileiro afirmou que, após a impossibilidade de cruzarem a fronteira nesta sexta, o grupo fará uma nova tentativa pelos próximos dias.

"Não há passagem desde quarta de Gaza para Egito. O que podemos garantir é o nosso interesse e esforço constante do governo brasileiro junto às autoridades de Israel e à Autoridade Palestina para fazer a libertação desses brasileiros", disse o chanceler. Ainda segundo Vieira, o governo israelense havia confirmado que o nome dos brasileiros estava na lista para a passagem desde a última quarta-feira (8), mas como não houve abertura da fronteira, ninguém deixou o enclave.

Nesta sexta os brasileiros chegaram a ser levados para a região de Rafah, na fronteira entre Gaza e Egito, mas retornaram para os abrigos onde estão instalados após a passagem, mais uma vez, não ser aberta. "[A saída desses brasileiros] não depende do nosso planejamento. O que posso dizer que depende do nosso planejamento é a assistência, que a nossa embaixada em Ramala [na Cisjordânia] está dando aos brasileiros", afirmou.

De acordo com ministro, após fazerem a passagem, esses brasileiros serão colocados em ônibus e, em seguida, encaminhados para o aeroporto para pegarem o avião de volta para o Brasil. Segundo Vieira, há duas possibilidades deste trajeto: ir até o aeroporto de El Arish, a 53 km de Rafah, para embarque no avião presidencial que já está no Egito à espera do grupo; ou seguirem diretamente para Cairo. A ordem, de acordo com Vieira, "vai depender do momento". O grupo vai desembarcar em Brasília e, da capital brasileira, serão encaminhados para outros estados e cidades onde têm familiares e amigos.

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