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Lula - Oriente Médio - Riadi - Arábia Saudita
Presidente Lula pretende conquistar investimentos do fundo soberano saudita para obras do PAC, pelo menos US$ 10 bilhões.| Foto: Ricardo Stuckert/Secom

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) retoma, nesta semana, sua agenda de viagens internacionais após o período interrompido para a recuperação de uma cirurgia no quadril. Em sua primeira parada, o petista desembarca na Arábia Saudita, depois segue para o Catar e em seguida para os Emirados Árabes Unidos, onde participa da COP 28.

A intenção do roteiro, segundo membros do Ministério das Relações Exteriores, é fechar acordos bilaterais e atrair investimentos para o Brasil e também discutir a situação dos brasileiros que ainda estão impedidos de sair da Faixa de Gaza devido à guerra entre Israel e Hamas.

O presidente deve tratar sobre o conflito durante suas agendas no Catar, que tem sido um importante mediador da guerra entre Hamas e Israel. O país abriga os líderes do Hamas e, junto com Egito, ajudou a negociar a trégua que foi estabelecida nos últimos dias para a libertação de reféns israelenses.

Lula parte rumo ao Catar na quarta-feira. De acordo com o Itamaraty, a visita do presidente brasileiro vai proporcionar “conversas no mais alto nível” sobre o conflito. Em contato com representantes que lidam diretamente com a guerra, Lula espera negociar a liberação de outros 86 brasileiros que ainda estão na Faixa de Gaza.

A visita ao país também tem motivação econômica e o petista espera fechar acordos na área de infraestrutura.

Lula se encontrará com príncipe saudita

Antes de ir ao Catar, Lula cumpre agenda na Arábia Saudita, que recentemente passou a integrar os Brics (bloco originalmente formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). O país possui grandes reservas de petróleo e é visto pelo governo brasileiro como um importante parceiro econômico.

Durante sua estadia, Lula participará de encontros empresariais e se reunirá com o príncipe herdeiro e primeiro-ministro, Mohammed bin Salman – o mesmo que deu as famigeradas joias de presente ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e que em 2019 esteve envolvido no escândalo da morte do jornalista do Washington Post Jamal Khashoggi dentro do consulado saudita na Turquia.

Entre os eventos no qual Lula participa no país, há um promovido pela Embraer, empresa brasileira que fabrica aeronaves.

Só nos últimos dez meses, as transações comerciais entre os dois países passaram da casa dos US$ 5 bilhões. O Brasil, contudo, espera expandir esse número e atrair investimentos de até US$ 10 bilhões dos sauditas no país. "Parte destes recursos já são investidos no Brasil, mas ainda há espaço para expandir", informou Carlos Sergio Sobral Duarte, secretário de África e Oriente Médio do Ministério de Relações Exteriores.

Além da relação bilateral Brasil-Arábia Saudita, o comércio do país com o Oriente Médio tem atingido altos números. No último ano, a balança comercial entre o Brasil e países árabes superou US$ 32 bilhões — destes, US$ 8 bilhões apenas com os sauditas. Em parte, os árabes importam produtos agrícolas e commodities minerais do Brasil.

Depois de Passar pela Arábia Saudita e Catar, Lula viaja no dia 30 aos Emirados Árabes Unidos para participar da COP 28 — a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima.

Após a passagem pelo Oriente Médio, Lula parte para a Alemanha e passa três dias em Berlim, onde também cumpre uma agenda focada em investimentos e acordos.

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