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STF

Novo pede demissão de chefe de gabinete de Alexandre de Moraes por supostas irregularidades

Segundo Novo, desvio de função da servidora se intensificado quando Alexandre de Moraes, do STF, assumiu a presidência do TSE. (Foto: Bruno Peres/Agência Brasil)

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O Partido Novo protocolou, nesta sexta-feira (15), um pedido formal ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, solicitando a abertura de um processo administrativo disciplinar contra Cristina Yukiko Kusahara Gomes, servidora de carreira do Tribunal de Justiça de São Paulo e atual chefe de gabinete do ministro Alexandre de Moraes.

A petição acusa Cristina Yukiko de agir de forma ilegal e inconstitucional ao transformar a Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação (AEED) do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em uma espécie de órgão de persecução penal. Segundo o documento, a AEED não teria competência para essa atividade. O desvio de função teria se intensificado a partir de agosto de 2022, quando Moraes assumiu a presidência do TSE.

Novo diz que houve monitoramento de críticos de Alexandre de Moraes

De acordo com o Partido Novo, a AEED teria atuado como uma estrutura investigativa voltada ao monitoramento de indivíduos críticos a Moraes e alinhados a uma linha política específica. Relatórios gerados pela AEED teriam sido usados para embasar decisões judiciais no STF e no TSE, incluindo o "Inquérito das Fake News" e processos relativos aos atos de 8 de janeiro de 2023.

Entre as irregularidades atribuídas a Cristina Yukiko estão a coordenação não oficial de operações de custódia dos presos em 8 de janeiro, pressões sobre servidores para emitir "certidões positivas" que criminalizavam cidadãos por manifestações pacíficas, assédio moral contra funcionários do TSE, e a infiltração de agentes externos em grupos privados de mensagens sem autorização judicial. Erros na emissão dessas certidões teriam resultado em prisões indevidas.

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O Partido Novo sustenta que essas ações violaram normas legais, códigos de ética do STF e dispositivos do Código de Processo Penal. Também destaca a violação de direitos fundamentais, como a liberdade de expressão e o devido processo legal.

Eduardo Ribeiro, presidente do partido, afirmou que é necessário esclarecer a postura do STF diante dessas alegações. O advogado Sebastião Coelho reforçou que "não existe crime de opinião no Brasil". Ao final, o partido pede a demissão da servidora como penalidade ao término do processo administrativo.

A Gazeta do Povo entrou em contato com a assessoria do STF para solicitar esclarecimentos sobre o pedido do Novo. Eventual manifestação oficial será acrescentada a esta reportagem.

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