A Polícia Federal deflagrou nesta segunda (8) a 23ª fase da Operação Lesa Pátria, que busca identificar pessoas supostamente ligadas aos atos de 8 de janeiro de 2023 que levaram à invasão e depredação das sedes dos Três Poderes. São cumpridos 46 mandados de busca e apreensão e um de prisão preventiva em 11 estados e no Distrito Federal.
Inicialmente, a PF havia divulgado que seriam dois mandados de prisão preventiva, mas corrigiu pouco depois para apenas um.
Os alvos desta nova fase da Lesa Pátria são pessoas que supostamente teriam financiado as invasões às sedes dos Três Poderes. Além dos mandados, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), também autorizou o bloqueio de bens dos envolvidos.
O objetivo do bloqueio dos bens é alcançar valores suficientes para ressarcir aos cofres públicos recursos na ordem de R$ 40 milhões gastos para a restauração dos locais invadidos na data.
Segundo a PF, os mandados de busca e apreensão são cumpridos no DF (5) e no Rio Grande do Sul (13), Bahia (3), Mato Grosso (10), Goiás (2), Minas Gerais (2), Maranhão (4), Paraná (1), Rondônia (1), São Paulo (1), Tocantins (3) e Santa Catarina (2).
Já o de prisão foi determinado contra um morador da Bahia que teria fretado um ônibus para levar manifestantes a Brasília, o empresário Wagner Ferreira Filho, segundo a TV Globo. A PF não confirma o alvo ou o motivo.
Imagens divulgadas pela PF pouco depois da deflagração da operação apontam para a apreensão de documentos.
"Os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido", disse a PF em nota.
A nova fase da Operação Lesa Pátria ocorre exatamente um ano após os atos de 8 de janeiro, no dia em que estão marcados diversos eventos em Brasília em alusão à data, como a cerimônia que será realizada às 15h no Congresso Nacional.
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