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Valdemar Costa Neto
Valdemar Costa Neto afirma que oposição ligada a Bolsonaro está sofrendo “perseguição”, mas que deve facilitar eleição de Ramagem no Rio.| Foto: reprodução/X PL

O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou que a operação desta quinta (25) contra o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) é uma “perseguição por causa do Bolsonaro”. O parlamentar carioca teve o gabinete na Câmara e o apartamento funcional em Brasília alvos da Polícia Federal por suposta participação em um esquema ilegal de espionagem dentro da Agência Brasileira de Inteligência.

Costa Neto vê que tanto esta operação como a da semana passada contra o deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ), líder da oposição na Câmara, foram deflagradas pela ligação dos parlamentares aliados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Está claro que mais essa operação da PF de hoje contra o deputado Alexandre Ramagem é uma perseguição por causa do Bolsonaro. Esse negócio de ficar entrando nos gabinetes é uma falta de autoridade do Congresso Nacional. Rodrigo Pacheco deveria reagir e tomar providências”, reagiu Costa Neto cobrando uma posição do senador que preside o Legislativo.

Pacheco (PSD-MG) também não se pronunciou sobre a operação da semana passada contra Jordy, assim como o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). Os dois parlamentares são avisados previamente pela PF sobre as operações que precisam ter mandados cumpridos no Congresso, tanto que agentes da Polícia Legislativa são designados para acompanhar os federais.

Apesar da operação desta quinta (25), Costa Neto afirma que a ação pode ajudar Ramagem a ser eleito “com mais facilidade” à prefeitura do Rio. Ele é pré-candidato à capital fluminense na eleição municipal deste ano.

“Isso é pura perseguição e pode acabar elegendo o Ramagem com mais facilidade no Rio de Janeiro”, completou o mandatário do PL.

Ramagem ainda não se pronunciou sobre a operação desta quinta (25). No entanto, durante a execução da ação que deu origem a essa, a Última Milha em outubro do ano passado, ele negou envolvimento no esquema e disse que determinou uma auditoria formal em todos os contratos ao assumir o cargo de diretor da Abin em 2019. Na época, a análise levou a um pedido de correição na Corregedoria-Geral da agência e serviu como base da operação deflagrada pela PF.

De acordo com as investigações, um grupo de servidores da Abin monitorava ilegalmente celulares e tablets de servidores públicos, políticos, juízes, entre outros, utilizando o software FirstMile, comprado pelo ex-presidente Michel Temer (MDB) no final do mandato e utilizado até o terceiro ano do governo Bolsonaro.

A Abin informou que o programa deixou de ser utilizado em maio de 2021 e que atendeu a todas as solicitações feitas pela PF e pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

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