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Operação Transloading
Operação Transloading, da Polícia Federal, mira grupo que importava armas e drogas da Bolívia e Paraguai para facções criminosas do Nordeste.| Foto: divulgação/PF

A Polícia Federal desencadeou nesta terça (5) a Operação Transloading, que mira uma organização criminosa especializada no tráfico internacional de drogas e armas de fogo. A ação cumpre 37 mandados de prisão preventiva e 52 de busca e apreensão em 10 estados e no Distrito Federal, além do bloqueio de R$ 200 milhões dos envolvidos.

De acordo com as investigações, o grupo traficava as drogas e armas desde as regiões de fronteira com a Bolívia e o Paraguai para estados do Nordeste. Os mandados foram expedidos pela Justiça do Piauí e são cumpridos em São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Mato Grosso do Sul, Goiás, Pará, Maranhão, Ceará, Paraíba, Piauí e no Distrito Federal.

Ainda não há informações se esta ação tem relação com a Operação Dakovo, desencadeada mais cedo pela PF em cinco estados e no DF, além do Paraguai e Estados Unidos. O grupo importava armamentos de países europeus e revendia principalmente a facções criminosas brasileiras, entre elas o PCC.

As investigações da Operação Transloading começaram em 2022 a partir da identificação de um grupo criminoso que atuava nos estados do Piauí, Maranhão e Ceará. A organização utilizava sítios e imóveis rurais para armazenar drogas provenientes da Bolívia e do Paraguai, que eram posteriormente comercializadas em Teresina (PI), Imperatriz (MA) e Fortaleza (CE).

Segundo a PF, parte dos investigados possui vínculos com facções criminosas atuantes nesses estados.

O foco da investigação se concentrou no grupo logístico responsável pelo transporte da droga por rodovias do país. Dez caminhoneiros foram presos em diferentes estados, e aproximadamente três toneladas de entorpecentes, entre maconha e cocaína, foram apreendidas.

Os líderes e fornecedores do esquema foram identificados em São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná. Esses membros comandavam as ações e coordenavam o envio das drogas para o Nordeste.

Além dos núcleos operacional e logístico do grupo, pessoas físicas e jurídicas foram utilizadas para movimentar os valores ilícitos, criando uma rede estruturada de pagamento. O bloqueio e sequestro de valores na ordem de R$ 200 milhões foram deferidos, junto à apreensão de veículos do grupo.

De acordo com a autoridade, os envolvidos podem ser indiciados pelos crimes de tráfico internacional de drogas, associação para o tráfico, tráfico internacional e comércio ilegal de armas de fogo e munições. Os presos serão encaminhados aos sistemas penitenciários estaduais após serem ouvidos, permanecendo à disposição da Justiça.

A Operação Transloading, cujo nome faz referência à transferência de mercadorias entre diferentes meios de transporte, simboliza o modus operandi do grupo criminoso, que empregava transporte terrestre, fluvial e aéreo na execução de sua cadeia ilícita.

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