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Transparência

Oposição cobra informações sobre gastos do “bonde do Lula” ao funeral do papa Francisco

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante Missa Exequial em intenção de Sua Santidade o Papa Francisco. (Foto: Ricado Stuckert / PR)

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A bancada da oposição cobrou, nesta segunda-feira (28), mais transparência sobre os custos da viagem da comitiva brasileira enviada a Roma para o funeral do Papa Francisco. Um Requerimento de Informações foi protocolado pelo líder da oposição na Câmara, deputado federal Zucco (PL-RS), direcionado ao ministro da Casa Civil, Rui Costa.

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), acompanhado da primeira-dama e de uma comitiva de autoridades brasileiras, chegou a Roma na última sexta-feira (25) para participar do velório do papa Francisco e das cerimônias de despedida do pontífice no Vaticano. Cerca de 20 pessoas acompanharam Lula na viagem e retornaram ao Brasil no sábado (26).

O parlamentar questiona a composição da comitiva, os critérios utilizados para a escolha dos integrantes e, principalmente, o valor total das despesas públicas, incluindo passagens aéreas, hospedagem, diárias e demais custos logísticos.

"Enquanto os Estados Unidos enviaram apenas duas pessoas — o ex-presidente Donald Trump e sua esposa Melania — o Brasil organizou um verdadeiro 'Bonde do Lula' para atravessar o Atlântico", ironizou Zucco. "Queremos saber quanto custou esse desfile de vaidades bancado com dinheiro do contribuinte."

O requerimento pede informações detalhadas como a lista nominal de todos os integrantes da delegação, a justificativa técnica ou representativa para cada nome, o valor discriminado de cada despesa e o período total da viagem. O deputado também solicitou esclarecimentos sobre as medidas adotadas pelo governo para garantir o respeito ao princípio da moralidade administrativa previsto na Constituição.

Zucco criticou ainda o que classificou como gastos desproporcionais em um momento de dificuldades econômicas e cortes em áreas essenciais. "O Brasil precisa de respeito e austeridade, não de um séquito presidencial em momentos que exigem sobriedade e responsabilidade com o dinheiro público", afirmou.

Além do presidente e da primeira-dama, estiveram presentes no velório diversas figuras dos Três Poderes. A delegação incluiu o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso; o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira; o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski; a ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé Evaristo; e o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira.

Também integraram a comitiva o presidente do Congresso Nacional, senador Davi Alcolumbre (União-AP), e o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), além de parlamentares de diferentes partidos e regiões do país: os senadores Renan Calheiros (MDB-AL), Leila Barros (PDT-DF) e Soraya Thronicke (Podemos-MS); os deputados federais Luis Tibé (Avante-MG), Odair Cunha (PT-MG), Padre João (PT-MG), Reimont (PT-RJ), Luiz Gastão (PSD-CE), Dagoberto Nogueira (PSDB-MS) e Professora Goreth (PDT-AP). O assessor especial da Presidência da República, Celso Amorim, também esteve presente.

A Gazeta do Povo entrou em contato com a Casa Civil para saber se teriam como antecipar alguma informação sobre o requerimento, mas ainda não teve retorno. E o governo federal também não se manifestou sobre o pedido da oposi, até o momento.

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